CABEÇA LIMPA
Manafá estreou-se a titular na direita da defesa lateral: Sérgio sobre o “Tem muita qualidade”
JOGO AÉREO DE HERRERA E SOARES DEVOLVEU DRAGÕES À ROTA DOS TRIUNFOS
Sem Marega, Brahimi e Aboubakar, Sérgio Conceição foi obrigado a mexer no ataque e resolveu o problema, num jogo em que o V. Setúbal se preocupou mais em jogar no erro do adversário
O FC Porto está de volta às vitórias, depois dos empates como V. Guimarães eM oreiren se e da derrota em Roma. Pressiona doou não pela aproximação e pelo bom momento do Benfica, mas também pela campanha sensacional do Braga, a equipa de Sérgio Conceição resolveu o problema com alguma tranquilidade e devolveu a pressão à concorrência.
Sem Marega, Brahimi e Aboubakar, Sérgio Conceição inovou no ataque, apostando em Adrián para ocupar o lugar do argelino, enquanto Corona, de regresso à titularidade depois de ter falhado o jogo da Liga dos Campeões por estar a cumprir castigo, foi posicionar-se ao lado de Soares, ficando a ala direita entregue a Otávio. Isto apenas no papel, porque em campo a dinâmica era outra e fazia com que os alas jogassem muito por dentro, abrindo espaço às subidas de Manafá e Alex Telles. E que bem estiveram os dois laterais do FC Porto. Se do esquerdino já se sabe com o que se pode contar, do ex-Portimonense surgiu a confirmação que se trata mesmo de um bom reforço. O brasileiro jogou na posição que nos últimos encontros foi ocupada por Éder Militão, de regresso ao eixo defensivo para atuar ao lado de Felipe, enquanto Pepe ficou no banco.
E se Sérgio Conceição teve de inovar, Sandro Mendes também teve problemas para montar o onze. Sem Rúben Micael e Zequinha, ambos lesionados, e agora já sem o defesa-central Dankler,transfe rido para o Japão, o treinador sadino manteve a aposta num 4x4x2 losango, que até pode servir para outras ocasiões, mas ontem foi uma equipa muito curta. O V. Setúbal fechou-se atrás, jogo uno erro do adversário e procurou nas bolas paradas a resolução para os problemas coletivos. Não surpreendeu, portanto, que na primeira parte o FC Porto tivesse 74 por cento de posse de bola, oito remates, quatro deles à baliza e um golo marcado. Herrera, de cabeça, acabou cedo com a resistência sadina, concluindo uma grande jogada protagonizada pelo compatriota Corona, que tinha oferecido o golo a Adrián López.
Um golo que tranquilizou ainda mais o dragão, numa primeira parte em que Sérgio Conceição teve de mexer novamente na equipa, devido à lesão de Danilo. O médio voltou a sofrer uma contrariedade e foi substituído por Óliver. A infelicidade do Comendador não afetou a equipa, até porque o médio espanhol entrou bem, esteve dinâmico a defender e a atacar.
A perder por 1-0, os sadinos pouco fizeram na segunda parte e pouco trabalho deram a Casillas. É verdade que apareceram mais perto da área do espanhol, mas quase sem perigo, e ainda por cima passaram a jogar com menos um depois da expulsão de Éber Bessa, que viu o segundo amarelo por simularumagrandepenalidade. Aproveitou e bem o FC Porto para continuar a dominar por completo, ampliando a vantagem por Soares, depois de mais um excelente cruzamento de Alex Telles. E se o golo de Herrera foi de cabeça, o de Tiquinho também. O avançado brasileiro voltou a ser letal no mês que melhor lhe costuma correr, mas já sabe que na próxima jornada, em Tondela, terá de cumprir um jogo de castigo. Mais um problema para Sérgio Conceição resolver.