“NÃO OLHAMOS SÓ PARA OS MIÚDOS”
Bruno Lage fala de Jardel e Fejsa e garante que “todos contam” Jonas convocado, Grimaldo e Pizzi regressam ao onze
Numa espécie de refrear de euforias, sublinha que os mais jovens “têm de dar continuidade ao trabalho”. E diz que os quatro pontos de diferença para o FC Porto dão mais “responsabilidade”
Lage admite que os adversárioscomeçamaconhecer a forma de jogar da equipa e pede que esta tenha capacidade para se “reinventar”.
Após as exibições de Ferro e de Florentino na Turquia, Jardel e Fejsa perderam o estatuto de jogadores garantidos no onze?
—Não, por uma razão: estamos só a falar do capitão e do Fejsa, assim como estamos a falar de dois miúdos que apenas fizeram um jogo. Vivemos de rendimento, do dia a dia, mas não vamos olhar só para os miúdos e pôr miúdos nem vamos abandonar quem nos deu tanto. Todos contam, estou muito satisfeito com os que temos e temos de ver quais as melhores estratégias para um jogo, escolhendo os melhores para vencer. O mais importante para o Tino [Florentino], para o Ferro e para o Jota é sentirem que têm de dar continuidade ao trabalho que têm vindo a fazer, na equipa B e na A. Tiveram um jogo muito conseguido, estamos satisfeitos, mas nesta casa há que dar continuidade, com boas exibições e regularidade.
O próximo jogo com o Galatasaray ainda não entra na sua cabeça?
—Exatamente. Depois deste jogo teremos dois dias para decidir o melhor para esse jogo [como Galatasaray na Luz]. Uma partida de cada vez.
Há espaço para a equipa evoluir? Vai sendo mais fácil para os adversários travarem este Benfica?
—É um pouco as duas coisas... O mais importante é técnicos e jogadores formarem uma equipa e, a partir daí, dar continuidade ao trabalho. Quando as coisas correm bem, elas saem do treino e, quando não há muito tempo para se treinar, um ou outro aspeto pode perder-se, pois não se trabalha. Por exemplo, agora apresentamos uma boa transição defensiva, mas se deixarmos de a trabalhar isso vai-se perdendo. Temos de arranjar estratégias de treinar isso. Tal como nós analisamos os adversários, também eles o fazem a nós e teremos de ter a capacidade de nos reinventar para não sermos previsíveis.
Há pressão extra por o FC Porto ter ganho?
—Sim, mas a pressão maior é no que temos de fazer e nos aspetos que podemos controlar. Sentimos que estamos na luta com quatro pontos a menos, há a responsabilidade de dar uma boa resposta em campo.