Marcel Keizer “Fizemos bem em rodar o plantel com o Villarreal”
Técnico do Sporting vinca a importância de jogar quem está em condições físicas ideais e explica que o 3x4x3 apresentado frente ao Braga não será, necessariamente, o futuro
Holandês gostou do desempenho coletivo, dos mais fortes da temporada, especialmente após a fadiga que diz ter afetado a formação. Muito assobiado, Keizer nem pensa na desconfiança dos adeptos
Marcel Keizer reencontrou o trilho vitorioso e gostou da exibição frente ao Braga, rivalque em Alvalade não perdia desde janeiro de 2016. “Jogámos bem, uma das melhores exibições que fizemos desde que cheguei. Jogámos domingo, depois quinta-feira e hoje [ontem] fizemos isto... Tenho de ter respeito pelos jogadores, que tiveram uma grande mentalidade para vencer”, principiou o treinador holandês depois de um triunfo que impediu até o Sporting de somar a terceira derrota seguida em casa, algo que só se verificou na temporada de 1908/09 (Campeonato de Lisboa).
Voltando a apostar na equipa mais habitual, embora com um esquema tático diferente, o técnico foi até mais longe ao dizer que a rotação que realizou com o Villarreal foi uma boa decisão, apesar da derrota caseira por 1-0: “Fizemos uma boa pressão, conseguimos uma excelente posse de bola, mas não me esqueço de que foi o terceiro jogo em sete dias, o quinto neste mês... A frescura permitiu maior qualidade... Fizemos uma boa escolha em poupar jogadores no último encontro. Vamos pensar sempre jogo a jogo. Todas as jornadas são uma luta. Quem não estiver fresco não joga.”
O Sporting voltou a conseguir duas vitórias seguidas na liga, o que há dois meses que não acontecia, e, inclusivamente, a ganhar por três golos de diferença. Parecem esquecidos os tempos de maior conforto para Keizer que, ontem, foi assobiado quando se anunciaram os onzes de cada equipa. A nona goleada da época foi a oitava conseguida pela mão do holandês, que não considerou, porém, que o Braga tivesse desvalorizado o leão, agora a quatro pontos dosar sena listas .“Não a choque nos tenhamsub estimado. Sabíamos que era uma grande equipa, mas eles também nos conheciam. Fomos muito fortes e entrámos muito bem no encontro. Quanto aos adeptos, tem de lhes perguntar se readquiriaconfiança de lesou não ”, advogou, passando a realçar que o jogo em Villarreal seria “sempre difícil”, mesmo sem problemas físicos, no caso de Wendel, brasileiro a quem dedicaalgumas palavras :“É sempre ati voe completa bem o meio-campo com o Gudelj e com o Bruno, mas toda a equipa mostrou qualidade.”
O esquema tático, com três defesas a atacar, cinco a defender, mereceu um comentário do técnico.
“É um sistema para ser analisado pelos mais experientes... Todas as equipas precisam de ter mais do que um sistema tático. É normal que, com três meses de trabalho, já existam alguns automatismos que antes não existiam e que nos permitam apresentar coisas diferentes”, explicou, desvalorizando a solução ontem encontrada como uma aposta essencial no futuro: “O que me interessaéa performance dos atletas. Esta tática não vai acontecer sempre.”