O Jogo

O suspiro ouviu-se na ilha

Um golo de Barrera permitiu ao Marítimo encerrar uma sequência de três encontros sem vencer e atingir a zona de segurança. Já os azuis voltaram a mostrar “aversão” à casa emprestada

- DUARTE TORNESI

Silas tentou surpreende­r o adversário com um 4x4x2 losango, mas os insulares souberam resistir e forçar o Belenenses a somar o quarto duelo consecutiv­o sem marcar golos na Liga

●●● Vindo de três derrotas consecutiv­as e em claro défice de confiança, o Marítimo conquistou uma preciosa vitória sobre o Belenenses no Estádio do Bonfim (1-0) que permitiu aos insulares fugir dos lugares de descida e dar um suspiro de alívio que deve ter-se ouvido em pleno centro do Funchal, a quase 1000 quilómetro­s de distância. Do outro lado, os olhares perdidos no horizonte dos jogadores do Belenenses diziam tudo sobre a frustração que reina na casa azul: desde a mudança do Jamor para o Estádio do Bonfim, a formação orientada por Silas somou duas derrotas “caseiras” seguidas, nas quais não conseguiu marcar nenhum golo.

Com Sasso de fora, por castigo, o Belenenses abdicou do habitual esquema com três centrais e apresentou-se no relvado do Bonfim num 4x4x2 losango pouco oleado, sobretudo na primeira faseMesmo recorrendo demasiadas vezes ao “chu tão” e com pouca projeção ofensiva dos laterais, os azuis conseguira­m, ainda assim, construir as duas primeiras oportunida­des do jogo, ambas desperdiça­das por Kikas. Bem organizado em campo, o Marítimo foi perdendo a timidez com o passar dos minutos e chegou ao intervalo na mó de cima, com o lateral Nanú a servir de “abrelatas” pelo corredor direito.

O nível do espetáculo, quase sempre pobre, não se alterou no regresso dos balneários. Nervosas e sob o estigma de ambas estarem há três jogos seguidos sem marcar, as duas equipas lançaram-se em ataques confusos até que um momento de lucidez iluminou a tarde cinzenta de Setúbal. Na marcação de um livre, Zainadine fez um excelente passe a rasgar a defesa azul desde a sua área e isolou Barrera que, no cara a cara com Muriel, mostrou frieza e técnica para terminar com a sequência de três derrotas consecutiv­as que levava o Marítimo no campeonato.

“Uma vitória justa por aquilo que fizemos. Fora dos lugares de descida? Ainda falta muito campeonato e cada vez será mais difícil vencer”

Petit

Treinador do Marítimo

“Em quinze remates acertámos uma vez na baliza. Não merecíamos perder porque fomos melhores em todas as estatístic­as, menos nos golos”

Silas

Treinador do Belenenses

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Vukovic domina a bola, perante a aproximaçã­o do belenense Lucca

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