“Militão e Alex são incríveis”
CASEMIRO, capitão da canarinha, garante que os dois dragões são “jogadores de seleção”
Alex Sandro confirma e acrescenta: “Não são o futuro, são o presente do Brasil”
O lateral e o central jogaram os 90 minutos e acabaram por ter exibições positivas numa tarde sem brilhantismo da canarinha. Terça-feira há novo particular em Praga, mas já não deverão atuar
Tite queria que Alex Telles e Éder Militão jogassem como fazem habitualmente no FC Porto e a verdade é que a dupla esteve perto de evitar o dececionante empate (1-1) do Brasil com o Panamá, num lance saído do laboratório do Olival. O jogo estava já no período de descontos quando Philippe Coutinho deu ao lateral-esquerdo a oportunidade de bater uma bola parada. Alex levantou junto à linha de fundo para o coração da área, onde Militão ganhou nas alturas aos centrais da seleção da América Central e cabeceou por cima da baliza, a mesmo onde havia marcado ao Marítimo há apenas uma semana. Foi a última oportunidade de um encontro em que a canarinha teve mais posse de bola e até criou mais ocasiões – chegou a acertar na trave, por Casemiro –, mas em que revelou muitos problemas para furar o bloco defensivo dos panamenses.
A falta de audácia atacante por parte do Panamá, de resto, acabou por ser um pau de dois bicos para Alex Telles e Militão. Por um lado, permitiu a ambos viverem uma tarde descansada no capítulo defensivo, embora Adolfo Machado tenha feito o empate (em posição irregular) depois de escapar ao central. Por outro lado, impediu-os de sobressair ofensivamente. Principalmente o lateral, que nos azuis e brancos está habituado a ter o flanco livre para subir e ganhar muitas vezes a linha de fundo. Desta vez não foi assim...
Mesmo a um ritmo baixo, até porque os companheiros nunca o aceleraram muito, Alex Telles terminou com alguns bons apontamentos na estreia pelo Brasil e chegou a entusiasmar as bancadas. Foi o que sucedeu, por exemplo, aos 14’, quando intercetou uma bola a meio-campo e tentou sair para o ataque; ou aos 18’, quando teve espaço no flanco e tirou um cruzamento perfeito para Firmino cabecear ao lado. Aos 59’ e 76’ repetiu a ação, mas o máximo que conseguiu foi provocar vários calafrios aos defesas panamenses, uma vez que nem Phillippe Coutinho nem Richarlison foram capazes de imitar Lucas Paquetá (fez o 1-0).
Apesar de estar a fazer o segundo jogo com a “amarelinha” – a estreia foi em setembro, com El Salvador –, Éder Militão transmitiu mais sinais de nervosismo do que o companheiro de FC Porto. O jovem de 21 anos terminou com três cortes, um dos quais aos 25’, a anular um contra-ataque do Panamá, e realizou um par de passes bem medidos para a área, um deles deixando Fágner (62’) em boa posição para rematar.
O particular com o Panamá acabou por não ser o melhor para Éder Militão e, principal-
mente, Alex Telles convencerem Tite a levá-los à Copa América, no verão, ainda que os dois tenham sido poupados pela Imprensa brasileira às ferozes críticas feitas à exibição da seleção. Terça-feira, o Brasil tem mais um teste, desta vez com a República Checa, mas a opinião geral é que ambos devem ficar no banco, por troca com os mais consagrados Alex Sandro e Thiago Silva, respetivamente. Curiosamente, dois exportistas...