TAD ACEITA RECURSO E O SHOW CONTINUA
Três dias depois de o CD interditar o Berço por um jogo, o recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto suspendeu a sanção
A notícia por que a SAD esperava chegou perto do final do ensaio geral para o jogo com o Chaves. O caso do arsenal pirotécnico encontrado pela polícia no D. Afonso Henriques fica para resolver mais tarde
Estava a terminar o treino matinal, o último antes do encontro desta tarde com o Chaves, quando o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) fez chegar aos serviços administrativos do Vitória de Guimarães a confirmação de que fora aceite o recurso do castigo de um jogo de interdição do Estádio D. Afonso Henriques, que suspende a aplicação da sanção. A organização da jornada prosseguiu como habitualmente e o resultado deverá ser mais uma boa casa para receber os transmontanos, à semelhança do que tem acontecido durante toda a temporada. Para mais tarde ficam as consequências da bizarra descoberta da polícia. À oitava jornada, com o Braga, as autoridades encontraramum arsenal de material pirotécnico sob uma bancada: 93 artigos proibidos em recintos desportivos estavam num local ao qual apenas poderiam ter acesso pessoas credenciadas pelo Vitória de Guimarães.
O achado foi comunicado ao Ministério Público, que remeteu a informação e as provas ao Conselho de Disciplina federativo. Na reunião de terçafeira, o órgão disciplinar presidido por José Manuel Meirim multou a SAD vimaranense em 30 mil euros e aplicou-lheum jogo de interdição. O recurso para oTAD tem efeito suspensivo e a luta para resgatar, mais uma vez, o quinto lugar ao Moreirense prossegue com a garantia do ambiente sensacional que é imagem de marca do Vitória de Guimarães.
Quanto à interdição, poderá mesmo ser assunto para a próxima temporada,uma vez que o campeonato caminha para o final e estamos a pouco mais de um mês do último encontro em que a equipa de Luís Castro joga na condição de visitada: será frente ao Belenenses, na penúltima jornada, marcada para 12 de maio (a discussão da época termina precisamente em Moreira de Cónegos). Apesar da brevidade dos prazos do TAD, parece difícil que o recurso seja decidido até lá. A partir de hoje contam-se dez dias para a contestação por parte do Conselho de Disciplina; nos cinco dias seguintes à apresentação desta, a documentação é enviada às partes e a audiência prévia é marcada no prazo máximo de um mês. A decisão é conhecida em 15 dias a contar da audiência final.
Para além da interdição, que obrigará a equipa a jogar em casa emprestada caso o TAD venha a confirmar a sanção aplicada pelo CD, o encontro com os rivais do Braga deixou uma fatura de 47346 eurosem multas para pagar à Liga: 36 070 relativos ao material pirotécnico presente no recinto e 11 276 euros por estragos no autocarro dos visitantes.