O Jogo

104 DE PORTUGAL PARA 57 DIAS LOUCOS

- POR ANTÓNIO PEDRO PEREIRA

No período entre 14 junho e 19 julho, Copa América (8), Gold Cup (7) e CAN (42) levam 57 atletas dos campeonato­s portuguese­s. FC Porto (12) é o mais afetado num verão louco com 195 jogos em 57 dias

Mais de cemjog adores dos campeonato­s portuguese­s (juntando-lhes 21 internacio­nais que atuam no estrangeir­o) vão participar num verão louco. Serão 57 dias ininterrup­tos (23 maio a

19 julho) de grandes competiçõe­s de seleções, em que basicament­e só não há Mundial e Europeu. Isto no defeso de uma época que desaguará no Euro’2020 (que antecipa fecho do calendário em duas semanas), e em que muito se joga na diplomacia entre federações e clubes, as equipas de topo podem ter uma pré-época muito atribulada. Sobretudo por causa das pré-eliminatór­ias das provas da UEFA, antecipada­s por causa do Europeu.

“Os da equipa principal são obrigados a ir de acordo com o calendário FIFA. São convocados, têm de ir. Ir às seleções jovens só é bom, tanto para os clubes, como para os jogadores, porque essas é que são as competiçõe­s importante­s”, desdramati­za, sob anonimato, fonte de um dos clubes a lutar pelo título.

Este defeso ficou mais congestion­ado porque a CAN trocou o inverno pelo verão. Longo verão, que começa na primavera e se estenderá até ao outono (setembro/outubro – ver quadros) em 11 competiçõe­s oficiais. Mas as que podem causar problemas de gestão aos plantéis

principais de FC Porto, Benfica, Sporting e Braga são as de seleções principais. Copa América, Gold Cup e CAN são obrigatóri­as – as de escalões jovens, dos sub-21 para baixo, não. “Segundo os regulament­os da FIFA, quando se trata de fases finais de competiçõe­s de seleções “A”, os jogadores deverão ser libertados dos clubes e viajar para o estágio da sua seleção, nunca antes da manhã da segunda-feira da semana precedente à semana do início da competição”, explica Joaquim Evangelist­a, presidente doSindicat­odosJogado­res,que sublinha que “federações e clubes poderão, contudo, chegar a um acordo quer para estender o período de cessão, quer para o diminuir”. A questão, em Portugal, está a pôr-se sobretudo em relação ao Mundial sub-20. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) quer mais um caneco e os melhores na Polónia (23 de maio a 15 de junho). Mas Félix poderá ir à Liga das Nações (5 a 9 de junho, entre o Afonso Henriques e o Dragão). O menino bonito do futebol luso tem vários entraves: a provável saída da Luz (há um duelo Juventus-Real Madrid...) poderá ser o maior, mas a afirmação nos “AA” parece adquirida. A FPF, no entanto, tem negociado a convocatór­ia de vários jovens do plantel principal do Benfica: Florentino, Gedson e Jota. Além de desejar Dalot (Manchester United). O “tri” é uma prioridade.

O olho do furacão é o período das provas que afetam diretament­eosplantéi­sprincipai­s:as provas continenta­is na América do Sul, do Norte e Centro e de África. Entre 14 junho e 19 julho, Copa América (8), Gold Cup (7) e CAN (42) levam 57 atletas dos campeonato­s lusos. Um problema para o FC Porto (o clube europeu mais representa­do na CAN, com oito – 12 no conjunto das três provas), que o Sporting também terá (6), mas que quase passa ao lado de Braga (1) e Benfica (Ebuehi recupera de lesão e podenemir).Atéporques­enão for campeão, o dragão começa a jogar o acesso à Champions a 6 ou 7 de agosto.

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