O Jogo

Lisandro num país que é para “velhos”

- POR ANDRÉ MORAIS

É preciso procurar até ao quinto classifica­do da tabela de goleadores da superliga argentina para encontrar um avançado com menos de 30 anos. A crise da seleção da Argentina também se explica pela ausência de estrelas emergentes para a posição “9” no campeonato que terminou na semana passada com o triunfo do Racing liderado por um ex-portista: Lisandro López. Com 36 anos, o avançado foi (de muito longe...) o melhor marcador do país, o que também atesta a sua longevidad­e e o devolve a um plano de destaque. Lisandro não marcava tantos golos (17) no campeonato desde 2010/11, então ao serviço do Lyon. E só no FC Porto (2007/08) e no Racing (há 14 anos, antes de viajar para a Europa) tinha conseguido mais. Dele não poderão dizer nunca que é só o sentido de área, até porque mesmo num esquema com dois avançados continua a jogar solto e a aparecer na área de... quando em quando. Nos rankings que ao lado publicamos, o de “toques na área” foi criado precisamen­te para que Lisandro se note pela ausência. Os outros avançados têm uma presença muito mais regular nesse espaço. Se assim é, como se explica a diferença para o segundo no ranking de goleadores? Essencialm­ente pela pontaria e eficácia. Ninguém acerta uma percentage­m tão grande de disparos à baliza e ninguém foi tão eficaz na relação entre remates e golos. Talvez a idade o tenha apurado.

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