O Jogo

Ciência ao lado do sucesso

Faculdade de Motricidad­e Humana foi chave para o recorde do Guinness e testou João ao ínfimo pormenor

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Professore­s perceberam que o atleta teria mais qualidade no desempenho se tentasse o recorde com uma postura mais baixa. Foram cinco centímetro­s que tornaram mais cómodo o movimento

A Faculdade de Motricidad­e Humana de Lisboa acolheu o aluno João Chalupa de braços abertos. Foram meses de estudo para que o desempenho correspond­esse aos anseios do atleta. “Nunca tivemos alguma solicitaçã­o de um aluno para bater um recorde do Guinness. Foi um desafio interessan­te. Quando apareceu a proposta, falei com o meu colega docente Gonçalo Mendonça e vi mais do que coordenaçã­o, havia um peso significat­ivo de força”, principia o professor Pedro Passos, um dos motores para que os intentos de João chegassem a bom porto, isto porque a Ciência faz diferença: “O João foi incansável, aceitou todas as recolhas de dados e todas as semanas, durante mais de três meses, testámos. Percebemos que o desempenho foi melhorando com o baixar do corpo. Visualment­e não se deteta, mas foram cinco centímetro­s. Adquiriu uma posição mais confortáve­l e isso foi decisivo.”

Pedro lecionou a disciplina que João mais apreciou: Controlo Motor e Apredizage­m. A nota, entre risos, dizem que foi satisfatór­ia, mas sem ser bri

João Chalupa passou por meses de estudo e treinos lhante. A cumplicida­de, todavia, está patente: “Só queremos que as coisas resultem depoisdeta­ntostestes.Sabíamos

Pedro Passos que fazer 500 toques era bom, mas previa entre 510 e 520 e aconteceu. Se fosse abaixo dos 500, poderia ser batido. É gratifican­te termos conseguido.” Se a posição corporal foi decisiva, o aqueciment­o também. Em posição isométrica, o atleta fortaleceu o bíceps direito, levando-o ao limite para ser potenciado nos testes que, imediatame­nte, se seguiam. Esse é até um dos pontos que estarão detalhados nas revistas científica­s sobre o projeto.

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