O Jogo

SÉRGIO ATIRA-SE À LIGA

Corona faz hoje teste decisivo Militão joga à direita, Brahimi na frente

- ANA LUÍSA MAGALHÃES

“Não protege quem está na Champions”

Herrera: “Podemos causar danos ao Liverpool”

O FC Porto nunca ganhou em Inglaterra, mas os ingleses também têm dificuldad­es na Invicta. Em 13 jogos, os portistas venceram seis e só perderam três

No último jogo dos “quartos” da Champions no Dragão, o Bayern perdeu por 3-1. Há exemplos de superação que se cruzaram com os portistas em 2004 e a Roma fez o “impossível” há um ano

A tarefa que o FC Porto tem, esta noite (20 horas), nas mãos diante do Liverpool é árdua, não só pela qualidade do vice-campeão europeu, mas também necessidad­e de lograr algo inédito no clube: virar uma eliminatór­ia com dois golos de desvantage­m. Muitos portistas pensarão que há sempre uma primeira vez para tudo, mas a verdade é que, pelo menos, há outros precedente­s que dão razões para acreditar numa noite feliz. Com a certeza de que cada partida tem a sua história, uma análise aos jogos europeus do FC Porto em casa frente a equipas de renome mostra várias vitórias. Nove para sermos exatos, desde que existe o formato Liga dos Campeões (1992/93), conforme mostra o quadro ao lado. Nenhumdess­estriunfos­atingiu os números que os dragões precisam para eliminar o Liverpool e chegar às meias-finais da Champions, mas por duas vezes conseguira­m o resultado que levaria a partida de hoje a prolongame­nto, diante do Inter de Milão e do Arsenal. As equipas inglesas, aliás, estão longe de ter um saldo favorável em casa do FC Porto: em 13 encontros, os portistas venceram seis, empataram quatro e perderam apenas três, mas a última das quais diante do Liverpool e por um resultado bem pesado (5-0), na época passada. No quadro que apresentam­os não incluímos o Leicester, que perdeu pelo mesmo resultado no Dragão em 2016, porque, pese o estatuto de campeão inglês, estava longe do peso e histórico europeu das outras equipas.

Fora do histórico do FC Porto, há exemplos de superação que podem inspirar os homens de Sérgio Conceição. Não falamos da remontada da Juventus diante do Atlético, que vencera a primeira mão em casa por 2-0, mas a eliminação do PSG aos pés do Manchester United, que estava na mesma situação dos italianos, foi bem mais surpreende­nte. De tal forma que é o único exemplo da história da Champions de uma equipa que recuperou dois golos de desvantage­m a jogar fora de casa.

No entanto, dois dos casos mais próximos do contexto do FC Porto estão, curiosamen­te, ligados de forma indireta à história do clube. Em 2003/04, o Corunha marcou encontro com os dragões na meia-final depois de ter humilhado o Milan de Dida, Maldini, Gattuso, Rui Costa ou Shevchenko: perdeu por 4-1 em Itália e respondeu com um 4-0 na Galiza. “Os milagres acontecem muitas vezes no futebol. Situações das quais não estás à espera de forma racional”, afirmou na altura Javier Irueta, treinador do Corunha, que foi a pé até Santiago de Compostela como promessa. Na final, os portistas bateram o Móna

co, que nos “quartos” eliminara o Real Madrid depois de perder por 4-2 no Bernabéu. Mas se estes exemplos já parecem demasiado distantes no tempo, basta recuar à última temporada e à façanha da Roma: 3-0 ao Barcelona e passagem às meias-finais, em recuperaçã­o aos 4-1 sofridos em Camp Nou.

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