O Jogo

Polémico Kostic não teve culpa de andar à solta

- BRUNO FERNANDES

Disposto num 3x1x4x1, o Eintracht nunca foi uma equipa vertiginos­a, mas puxou da eficácia quando percebeu que o Benfica se encolheu, criando uma cortina sem pressão junto à sua área. Kostic, sobre a esquerda, fez um golo irregular: estava, contudo, sozinho, como em tantas outras ocasiões ao longo dos 90 minutos. Rode, que colocou os alemães nas “meias”, também soube aproveitar tal passividad­e. Trapp segurou vantagem. Defesa Com Trapp seguro, a parar os remates perigosos quer de Seferovic (52’) quer de Salvio (85’), a defesa em três não se portou mal, com destaque para a forma como Abraham e Hasebe travaram as poucas diagonais do Benfica, que na primeira parte não fez quase nada no momento ofensivo. No segundo tempo, e com mais vontade encarnada, valeu ao Eintracht um corte no limite de Falette (47’), a tirar o pão da boca a Rafa. Meio-campo É aqui que reside o segredo do apuramento do Eintracht. Gelson, elemento que liderou o trio defensivo, soube ter a bola e como colocá-la no sítio certo. Nem sempre foi bem apoiado por Gacinovic, mas soltando a bola à esquerda, num vertiginos­o Kostic, ganhou a aposta de ter tanta responsabi­lidade. O camisola 10 abriu o ativo de forma irregular, é certo, mas foi sempre uma dor de cabeça para o lado direito das águias. Rode deu o golpe final (67’). Ataque Esperava-se mais de Jovic, avançado que o Benfica já cedeu em definitivo ao clube alemão. Coube, por isso, a Rebic as custas de andar a batalhar entre centrais e o duplo pivô que Bruno Lage montou à frente da defesa. Lutador, ganhou quase todos os ressaltos e segundas bolas, sendo o primeiro... construtor perante uns encarnados que abusaram do pontapé para o ar. Gonçalo Paciência, ex-FC Porto, entrou para o último quarto de hora e foi importante a segurar bolas na frente.

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