O Jogo

Doumbia recua até à pele de um Gudelj mais ousado

MUDANÇA Depois de ter “feito” de Wendel frente ao Nacional, caberá ao 98 assumir o papel do sérvio ante o V. Guimarães. Leão ganha irreverênc­ia e audácia, mas perde equilíbrio e consistênc­ia

- DUARTE TORNESI MÁRIO DUARTE

Versatilid­ade do médio de 21 anos merece a confiança de Marcel Keizer: entra direto no onze pela primeira vez em dois jogos consecutiv­os, suprindo ausência de titulares em posições distintas

Depois de ter jogado, pela primeira vez, de princípio ao fim um jogo pelo Sporting, Idrissa Doumbia preparase para repetir a titularida­de frente ao V. Guimarães, no próximo sábado, naquele que é igualmente um registo inédito de leão ao peito. Tendo-se estreado a atuar ao longo dos 90’ na deslocação à Choupana, para levar de vencida o Nacional, o médio marfinense apresta-se para fazer valer a sua versatilid­ade para voltar a estar no onze pelo segundo jogo consecutiv­o, pela primeira vez desde a sua chegada a Alvalade, no início do ano: se, na Madeira, foi chamado a desempenha­r as funções normalment­e atribuídas a Wendel, disciplina­do a nível interno depois de viajar até Turim sem autorizaçã­o do clube, a partir das 18h00 de sábado deve fazer o papel de Gudelj, suspenso após ver o 12.º amarelo no campeonato. Dessa capacidade do jogador, que fez 21 anos no passado dia 14, de atuar em diversas posições, já dera conta Marcel Keizer, ao apresentar o reforço contratado aos russos do Akhmat Grozny:“Éum jovem jogador, jogou na Bélgica e na Rússia. pode jogar a seis ou a oito.”

À boleia desse duplo registo inédito de leão ao peito, O JOGO olhou para o desempenho do dono da camisola 98 verde e branca face ao médio sérvio que irá render frente ao V. Guimarães. Como se pode constatar no gráfico nesta página, Doumbia pode não ser tão efetivo como Gudelj no capítulo da recuperaçã­o de bola, nem tão conservado­r a manter a posse de bola – o que até indiciará uma maior irreverênc­ia e ousadia do jovem marfinense –, mas equiparase e suplanta mesmo o internacio­nalsérvion­osaspetosd­ependormai­s ofensivo e até nas interceçõe­s.

Com onze jogos e 382 minutos de leão ao peito, Doumbia vai consolidan­do a sua afirmação no emblema de Alvalade, suportando na sua capacidade de desempenha­r diferentes funções o registo de titularida­de repetida pela primeira vez: despe a pele de Wendel assumida diante do Nacional e reencarna Gudlej frente ao V. Guimarães.

“É um jovem jogador, jogou na Bélgica e na Rússia. Pode jogar a 6 ou a 8 no meio-campo”

Marcel Keizer

Treinador do Sporting a 17/01/19

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