Braço direito, de Jardim até Vítor Oliveira
Rei das subidas encontrou-o no União em 2014, dá-lhe liberdade, mas não prescinde dele
Transmontano de Murça, encontrou-se e começou a trabalhar com o míster em 2014/15 no União da Madeira, para onde fora lecionar nove anos antes. Seguiram-se Chaves, Portimão e Paços
Mário Nunes completa 39 anos a 2 de setembro, tirou a licenciatura (especialização futebol) na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em 2004, e é o braço direito de Vítor Oliveira desde 2014,quandosecruzaram“por acaso” no União da Madeira.
“O míster é o cérebro, o líder. Eu tenho funções específicas no início e final dos treinos, em que me dá total liberdade. Que me lembre, nunca me fez um reparo – claro que cada vez mais conheço as ideias dele. Tenho liberdade para intervir nos treinos, mesmo quando ele está no centro do campo, para fazer uma correção ou outra”,explicaotreinadorque não tem “obsessão de ser líder”, mas tem essa “ambição, um dia”.
“É muito fácil trabalhar com o míster, tem ideias muito simples, mas que não oscilam. A criação de exercícios é fácil porquesabemosperfeitamente aquilo que ele quer. Valoriza muito a própria equipa”, revela. “Sim, pensa como treinador de equipa grande, mas ele também só treina grandes na II Liga”.
E como é que Mário Nunes se torna no braço direito de Vítor Oliveira, sendo o mais antigo da atual equipa técnica? “Em 2005/06, vou para a Madeira dar aulas. A minha primeira experiência é nesse ano na escola do João Luís (que foi jogador do Marítimo e está no Stumbras). No ano a seguir, fui para formação do Camacha, treinado pelo Leonardo Jardim e professor José Barros, que voltou a ser adjunto do Jardim no Mónaco no ano em que foram campeões [2016/17] e continua hoje”, avança. “Em 2007/08, o Jardim veio para o Chaves em novembro e José Barros sobe a treinador e dá-me oportunidade de entrar no futebol profissional. Em 2012/13, vou com ele para o Marítimo B, depois para o União da Madeira”, concretiza o natural de Murça.
E em 2014/15, encontra Vítor Oliveira no União. “Não tenho ideia sequer de antes me ter cruzado com ele, nem em palestras, nem em nada. Tinha sido adjunto do José Barros e do Rui Mâncio (é um histórico do União, mas passou pelo Nacional e Torreense – agora, está nas seleções distritais) e na altura só tinha interesse em ficar. Disseram-me que estavam a pensar contratar o Vítor Oliveira, se estava disponível”, recupera.
Desde aí, foi com Oliveira para Chaves (“clube que representa a minha região”), Portimonense e Paços. Está numa equipa que inclui Manuel Sousa (“era jogador na primeira passagem do míster, trata do scouting e integra a equipa técnica”), Tó Ferreira (treinador de guarda-redes com muitos anos de colaboração com Oliveira, mas que não foi para o União e só agora voltou a trabalhar com o rei das subidas), Hugo Silva (scouting, já estava no Paços) e José Luís Antunes (está mais no scouting do clube).