O Jogo

PAOK MATA O JEJUM

GRÉCIA Clube de Salónica vence terceiro título 34 anos depois. Capitão Vieirinha, mesmo lesionado, entra aos 90’+1’. Sérgio Oliveira foi titular

- ANTÓNIO PIRES PEDRO RIBEIRO

Além dos dois jogadores portuguese­s do plantel comandado por Razvan Lucescu, há outro luso a celebrar a conquista, o diretor desportivo Mário Branco que chegou em novembro do ano passado

Um dia depois de ter celebrado o 93.º aniversári­o (foi fundado em 1926), o PAOK viveu um dia de glória. Precisava de um ponto na receção ao Levadiakos, mas goleou por 5-0 (e Pelkas ainda falhou um penálti) e sagrou-se campeão: tem cinco pontos de avanço sobre o Olympiacos, a uma jornada do fim. O de ontem foi o terceiro título e colocou fim a um jejum que durava há 34 anos, pois o anterior datava de 1985. Este sucesso do clube de Salónica teve o contributo de três portuguese­s. Mário Branco é o diretor desportivo responsáve­l pela formação de um plantel, onde se incluem Sérgio Oliveira (cedido pelo FC Porto em janeiro) e Vieirinha, uma das figuras da equipa treinada por Razvan Lucescu.

Vieirinha regressou na época passada ao PAOK (já lá tinha estado entre 2008 e 2012), foi nomeado capitão e ajudou à conquista da Taça da Grécia em 2018. Esteve perto de festejar a dobradinha, mas a invasão de campo e a entrada do presidente Ivan Savvidis armado no jogo com o AEK deram o título ao conjunto de Atenas. Ontem, o camisola 20 dos alvinegros integrou os convocados e, mesmo com uma rotura de ligamentos no joelho direito, entrou aos 90’+1’, face aos insistente­s pedidos dos adeptos. Devido à lesão, pediu, contudo, aos companheir­os, entre eles Sérgio Oliveira (titular), para não lhe passarem a bola.

“Este grupo é o mais louco e o melhor que eu podia ter”

Vieirinha

Capitão do PAOK

“Este grupo é o mais louco e o melhor que eu podia ter. Estou feliz com o esforço de todos. A luta foi terrível, mas merecemos. É uma honra ouvir os adeptos entoarem o meu nome e mostrarem o seu amor por mim”, afirmou Vieirinha, após o apito final e antes de subir, sem canadianas e acompanhad­o pelos filhos, ao palco montado no Estádio Toumba para erguer o troféu.

Atrás do PAOK, está o Olympiacos orientado por Pedro Martins. Com Gil Dias e Podence a titulares, a equipa do treinador português foi a casa do Lamia vencer por 3-1, com Hassan (cedido pelo Braga) a marcar o último golo.

Nos outros jogos, Frederico Duarte marcou pelo Panetoliko­s (desaire 1-2 com o Aris) e Ricardo Vaz pelo OFI Creta (1-1 com o Asteras).

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Vieirinha e Sérgio Oliveira, com a taça de campeão, no centro dos loucos festejos do PAOK em Salónica
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