Mendes pede “investimento” a Mário Ferreira
Depois de críticas do acionista da SAD
“Depois de duas épocas com menos sucesso, tem de ser feita alguma coisa. Se as coisas não estão a correr bem, temos de mudar”
“O futebol deve ser gerido por pessoas profissionais, ligadas ao futebol. Acho que temos de ter uma estrutura mais profissional”
Mário Ferreira
em declarações à Rádio Santiago
Sublinhando que “os balanços” devem fazer-se “no fim e não antes de as temporadas terminarem”, o líder do V. Guimarães apoia Mário Ferreira somente no desejo de ter mais poder na SAD
O verniz estalou parcialmente entre a SAD do V. Guimarães eoacion is ta maioritário Mário Ferreira. Em declarações ao diário “A Bola” eà Rádio Santiago (recusou prestar declarações ao nosso jornal), o empresário português radicado na África do Sul criticou a equipa comandada por Luís Castro, a formação secundária e até ossub-23 e apelou a mudanças urgentes numa altura em que se aproxima o fim do mandato do atual conselho de administração, frisando, a propósito, não ter grande influência no futebol profissional: “Tenho apenas um administrador não executivo a trabalhar na SAD, por isso nunca me envolvi na elaboração do plantel”. A reação de Júlio Mendes não demorou. “Mário Ferreira será sempre parte da solução enquanto assim o entender, seja através do investimento efetivo que nos permita projetar o clube para outro patamar e que nestes últimos seis anos acabou por não efetuar, seja através da venda das suas ações”, testemunhou o líder do V. Guimarães a O JOGO, precisando que o acionista não foi além dos 2,5 milhões de eu rosque desembolsouparas e tornar dono de 56% do capital social da SAD.
Os reparos de Mário Ferreira não caíram bem e o presidente do Vitória não escondeu o ressentimento. “Sempre mantivemos a exigência e a expectativa num nível elevado. Nós, dirigentes, as equipas, os técnicos, os adeptos. Todos preparamos as épocas com esse espírito. Mas os balanços fazem-se no fim e não antes de as temporadas terminarem”, vincou. O dirigente assumiu, porém, que até concorda com algumas das reivindicações do acionista. “Por exemplo, sobre o facto de o acionista maioritário ter, na administração da SAD, apenas um administrador não executivo e com isso ter menos poder do que aquele que lhe poderia ser conferido pelo número de ações que tem, terei de lhe dar razão”, referiu.