O Jogo

Mendes pede “investimen­to” a Mário Ferreira

Depois de críticas do acionista da SAD

- PEDRO ROCHA

“Depois de duas épocas com menos sucesso, tem de ser feita alguma coisa. Se as coisas não estão a correr bem, temos de mudar”

“O futebol deve ser gerido por pessoas profission­ais, ligadas ao futebol. Acho que temos de ter uma estrutura mais profission­al”

Mário Ferreira

em declaraçõe­s à Rádio Santiago

Sublinhand­o que “os balanços” devem fazer-se “no fim e não antes de as temporadas terminarem”, o líder do V. Guimarães apoia Mário Ferreira somente no desejo de ter mais poder na SAD

O verniz estalou parcialmen­te entre a SAD do V. Guimarães eoacion is ta maioritári­o Mário Ferreira. Em declaraçõe­s ao diário “A Bola” eà Rádio Santiago (recusou prestar declaraçõe­s ao nosso jornal), o empresário português radicado na África do Sul criticou a equipa comandada por Luís Castro, a formação secundária e até ossub-23 e apelou a mudanças urgentes numa altura em que se aproxima o fim do mandato do atual conselho de administra­ção, frisando, a propósito, não ter grande influência no futebol profission­al: “Tenho apenas um administra­dor não executivo a trabalhar na SAD, por isso nunca me envolvi na elaboração do plantel”. A reação de Júlio Mendes não demorou. “Mário Ferreira será sempre parte da solução enquanto assim o entender, seja através do investimen­to efetivo que nos permita projetar o clube para outro patamar e que nestes últimos seis anos acabou por não efetuar, seja através da venda das suas ações”, testemunho­u o líder do V. Guimarães a O JOGO, precisando que o acionista não foi além dos 2,5 milhões de eu rosque desembolso­uparas e tornar dono de 56% do capital social da SAD.

Os reparos de Mário Ferreira não caíram bem e o presidente do Vitória não escondeu o ressentime­nto. “Sempre mantivemos a exigência e a expectativ­a num nível elevado. Nós, dirigentes, as equipas, os técnicos, os adeptos. Todos preparamos as épocas com esse espírito. Mas os balanços fazem-se no fim e não antes de as temporadas terminarem”, vincou. O dirigente assumiu, porém, que até concorda com algumas das reivindica­ções do acionista. “Por exemplo, sobre o facto de o acionista maioritári­o ter, na administra­ção da SAD, apenas um administra­dor não executivo e com isso ter menos poder do que aquele que lhe poderia ser conferido pelo número de ações que tem, terei de lhe dar razão”, referiu.

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Júlio Mendes não ficou nada satisfeito com as críticas de Mário Ferreira

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