“Fuga é traiçoeira e não se deve imputar à Direção”
Presidente da Mesa da AG é contra a auditoria, mas explica que órgão presidido por Varandas reagiu como devia. E rejeita convocar reunião magna para amnistia de ex-dirigentes
Representante dos sócios concedeu entrevista à TV do clube, onde defendeu órgão que gere os destinos leoninos, o último a querer ver o seu poder negocial limitado. Não vai convocar reunião magna proposta
Apesar de replicar não concordar em “auditar-se o que já está auditado”, Rogério Alves colocou-se ao lado de Frederico Varandas em toda a polémica que envolveu a divulgação do raio-X aos atos de gestão da última administração. Segundo sublinhou o presidente da Mesada Assembleia Geral à TV do clube, “não faz sentido” relacionar uma publicação “traiçoeira” à Direção, pois esta seria a última, diz, a querer ver o poder negocial dos leões enfraquecido.
“Houve uma fuga de informação e se essa fuga é muito prejudicial quer para o Sporting quer para a sua SAD, essas são as primeiras entidades preocupadas, pois têm uma missão difícil e duríssima que é gerir. O que aconteceué algo traiçoeiro, é inclusive uma violação dos estatutos, mas não sabemos quem foi. Por isso, não faz sentido imputar culpas à Direção. Seria a última entidade interessada, pois é algo que debilita o seu poder negocial”, explicou o advogado, que de seguida rejeitou a necessidade de convocar uma reunião magna para debater o assunto, tal como foi pedido pelos ex-candidatos José Maria Ricciardi, Dias Ferreira e Fernando Tavares Pereira: “Devíamos ter em conta que as candidaturas terminam depois das eleições. Foi um ato traiçoeiro, mas é escusado continuar a esgravatar na ferida, a chorar sobre o leite derramado. Para além disso, o presidente já anunciou a participação ao Conselho Fiscal e Disciplinar, assim como para o Ministério Público. Que estas entidades investiguem, que estejam em campo para descobrir e perseguir os verdadeiros responsáveis.”
Num discurso longo e que tocou em vários temas, destacam-se dois, o primeiro relativo ao pedido endereçado por um grupo de sócios para que os ex-dirigentes suspensos e expulsos fossem alvo de uma espécie de amnistia, entre os quais Bruno de Carvalho. “Terei todo o gosto em discutir esse tema, mas uma amnistia implica uma mudança de estatutos”, prosseguiu Rogério Alves, que após elogiar o ‘timing’ das comunicações de Varandas – “está a progredir, com mensagens certeiras” –, ainda deu uma bicada no rival Benfica, envolvido em eventuais casos de aliciamento: “São dossiês muito graves, com pessoas que dão cara e nome, a dizer que foram aliciadas por outras. O Sporting tem de estar muito atento.”
“Houve uma fuga de informação e se essa fuga é muito prejudicial para o Sporting e para a sua SAD, essas são as primeiras entidades preocupadas”
“Amnistia? Terei todo o gosto em discutir, mas implica mudança de estatutos”
“Casos de eventual aliciamento são muito graves, com pessoas que dão a cara e o nome”
Rogério Alves Presidente da Mesa da AG