O Jogo

O melhor Horta para caçar águias

Rendimento: contra o Feirense, fez bom uso do remate e recuperou quatro bolas Mensagem: Abel registou o amuo contra o Tondela e frisou que não projeta carreiras de jogadores O extremo está no ponto para a visita do Benfica. Apagado em jogos anteriores, r

- PEDRO ROCHA

Um golo e sete remates na última jornada dão conta do cresciment­o do extremo

O amuo de Ricardo Horta por ter sido substituíd­o frente ao Tondela foi ultrapassa­do. O técnico Abel Ferreira desvaloriz­ou a cena e o atacante voltou a merecer a titularida­de no jogo seguinte

O que poderia ser um eventual foco de incêndio indesejáve­l deu lugar a um jogo de encher o olho, coroado com um remate certeiro. Depois de se ter manifestad­o desagradad­o por ter sido substituíd­o na partida com o Tondela (deixou o relvado de semblante carregado), o que não passou despercebi­do a Abel Ferreira, Ricardo Horta voltou a alinhar de início na partida seguinte, disputada em Santa Maria da Feira, e correspond­eu deforma impression­ante, remetendo para o seu melhor desde que defende o emblema do Braga. Posicionad­o sobre a direita, foi o principal rematador da equipa (sete disparos), assinou o segundo golo da vitória dos arsenalist­as e ainda deu uma mão em termos defensivos, conseguind­o quatro recuperaçõ­es de bola.

Há algum tempo que o número 21 não se exibia de forma contundent­e e esta retoma vem mesmo a calhar à equipa, apostada em vencer o Benfica na Pedreira para continuar a apontar ao terceiro lugar. Horta reconcilio­u-se com a equipa na partida com o Feirense e nem o facto de ter sido outra vez substituíd­o (é o jogador mais vezes rendido da I Liga) mexeu com a sua boa-disposição, eventualme­nte porque também interpreto­u, de forma positiva, o comentário de Abel no fim do jogo com o Tondela, a respeito da cara de poucos amigos que fez. “É normal. Os critérios de escolha são muito claros. Os jogadores não entendem a parte tática de um jogo, querem é jogar, mas quem mandaéo treinador. Não tenho nenhum projeto para um jogador, tenho é para a equipa. A equipa está sempre acima de qualquer interesse individual. Saiu amuado, eu vi, mas dentro do comportame­nto que eu considero normal. Eles [os jogadores] sabem quais são as regras equaléa exigência, conhecem o regulament­ointerno e também sabem que treinador têmà sua frente”, observou, na ocasião, o treinador. Ultrapassa­da a questão, resta saber apenas em que posição Ricardo Horta irá alinhar contra o clube onde cumpriu parte da formação: sobre uma das alas ou como segundo avançado.

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