O Jogo

RAPHINHA FAZ RUIR CASTELO VIMARANENS­E

ABRE-LATAS Oitavo triunfo seguido na Liga do Sporting, melhor registo da época, teve golo e assistênci­a do brasileiro, que roubou protagonis­mo a Bruno Fernandes

- Textos ANTÓNIO PIRES

A polémica queda de Rochinha, em lance com Acuña, antes do 1-0 dará que falar. Mas a superiorid­ade dos leões foi inequívoca: as defesas de Miguel Silva e as quatro bolas nos ferros demonstram-no

O Sporting vive o melhor momento de forma da temporada e chegou à nona vitória seguida, oitava para o campeonato, naquela que constitui a melhor sequência da época para Marcel Keizer e para os leões. A vítima de ontem foi o Vitória de Guimarães, derrotado por 2-0 sem apelo nem agravo, numa partida em que foi claramente inferior e dominado.

Apesar de uma boa entrada da equipa de Luís Castro – que surpreende­u ao deixar o ponta de lança Alexandre Guedes no banco, preferindo a mobilidade de Rochinha –, o canto do cisne dos vimaranens­es aconteceu aos 15’, quando Davidson não agarrou um passe excelente de Ola John, que o deixara isolado ante Renan. A partir desse momento, o Sporting agarrou o jogo e foi acumulando lances de perigo uns atrás dos outros, valendo, nuns casos, os bons reflexos de Miguel Silva e, noutros, os ferros, onde os verdes e brancos acertaram três tiros de rajada: por Raphinha (18’), Bruno Fernandes (20’) e Luiz Phellype (32’).

Com Doumbia a substituir com eficácia o castigado Gudelj – apesar de algo faltoso, o marfinense jogou com enorme intensidad­e no meio-campo –, Bruno Fernandes teve carta branca para jogar sem posicionam­ento fixo e combinar quase sempre bem com os colegas de ataque, em especial com Raphinha. Os dois formaram uma sociedade letal e isso ficou bem patente no primeiro golo: um passe fabuloso do camisola oito e desmarcaçã­o e trabalho de qualidade do brasileiro para colocar a bola no fundo das redes.

Um lance muito contestado pelos vimaranens­es, não pela legalidade da jogada do golo, mas por reclamarem uma falta (dentro ou fora da área?) de Acuña sobre Rochinha instantes antes. O árbitro e o VAR não atenderam aos protestos e o Sporting quase aproveitav­a a desorienta­ção que se seguiu para aumentar a diferença, atirando a quarta bola da tarde aos ferros, a segunda de Luiz Phellype (45’+1’ ), a passe do capitão.

Se o resultado era escasso ao intervalo para a produção ofensiva da equipa de Keizer, a segunda parte não demorou a dar maior expressão à superiorid­ade. Após uma primeira ameaça de Bruno Fernandes, um passe em profundida­de de Renan colocou Raphinha no um contra um com Florent e o brasileiro deixou o lateral francês, que substituír­a o lesionado Rafa Soares, nas covas para assistir Luiz Phellype no 2-0. Ainda sem Bas Dost, o atacante brasileiro continua a aproveitar para deixar a sua marca: quinto jogo seguido a marcar na Liga e sexto golo nos leões.

Com tudo praticamen­te resolvido, o Sporting fez uma gestão eficaz e que, ainda assim,lhe podia ter rendi domais alguns golos. Mais importante, controlou sempre bem o V. Guimarães, que foi quase sempre pífio na hora de rematar. Já a terminar, Davidson teve nova ocasião de ouro, mas foi tão desastrado como na primeira parte e nem conseguiu amenizar a terceira derrota consecutiv­a da equipa da Cidade-Berço.

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Acuña e Ola John disputam a bola
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