O empate fica-lhes tão bem
Santa Clara superou a marca pontual e escreveu um novo capítulo na quarta presença na I Liga. Não houve vitória porque no momento ofensivo açorianos e sadinos foram passivos
Duas oportunidades flagrantes, uma para cada lado, foi aquilo que Santa Clara e V. Setúbal mostraram aos adeptos. O nulo foi um resultado simpático que deixou todos felizes
Santa Clara e V. Setúbal não tiveram arte e capacidade de fogo no ataque para desfazer o nulo na partida da 31.ª jornada que ainda não definiu matematicamente a questão da permanência para ambos.
Para a equipa de João Henriques, o encontro de ontem garante ainda um novo marco histórico no clube que ao somar 38 pontos bate o recorde pontual conquistado por Manuel Fernandes na época 2001/02. Não deixa também de ser histórico o ponto que o conjunto de Sandro Mendes conseguiu nos Açores, o primeiro em quatro confrontos para a I Liga.
Mesmo com tantos dados positivos neste jogo, há a realçar o desagrado dos adeptos açorianos pela exibição menos conseguida do Santa Clara, garantidamente, a pior em toda a temporada em casa. Tal não disfarçou a satisfação que todos tinham no final da partida, até porque ambas as formações mostraram que queriam ganhar – e tiveram oportunidades para tal – mas não souberam ir à procura dos três pontos.
Como denominador comum às duas equipas há a falta de eficácia e enquanto aos açorianos faltou velocidade, intensidade e agressividade no processo ofensivo, aos sadinos, que até tiveram velocidade e profundidade, faltoulhes alguma intencionalidade e maior capacidade de rotatividade no seu jogo.
Ocasiões de golo foram raras e aquelas que aconteceram não tiveram o condão de ter a sorte a acompanhá-las. Primeiro foi Cádiz, aos 18’, que no momento de finalizar viu a bola fugir-lhe dos pés graças a um ressalto na pequena área, que lhe tirou o esférico da zona de ação. Mais tarde, aos 57’, Kaio mostrou pontaria extra quando um remate forte e colocado desferido no interior da área esbarrou no poste direito, não conseguindo depois na recarga bater Makaridze, rematando desta feita à figura do guarda-redes sadino.
A falta de sorte não deixou espaço para grandes tristezas, até porque o empate ficou bem às duas equipas, face ao que fizeram ao longo de toda a partida.