O Jogo

O empate fica-lhes tão bem

Santa Clara superou a marca pontual e escreveu um novo capítulo na quarta presença na I Liga. Não houve vitória porque no momento ofensivo açorianos e sadinos foram passivos

- ARTHUR MELO

Duas oportunida­des flagrantes, uma para cada lado, foi aquilo que Santa Clara e V. Setúbal mostraram aos adeptos. O nulo foi um resultado simpático que deixou todos felizes

Santa Clara e V. Setúbal não tiveram arte e capacidade de fogo no ataque para desfazer o nulo na partida da 31.ª jornada que ainda não definiu matematica­mente a questão da permanênci­a para ambos.

Para a equipa de João Henriques, o encontro de ontem garante ainda um novo marco histórico no clube que ao somar 38 pontos bate o recorde pontual conquistad­o por Manuel Fernandes na época 2001/02. Não deixa também de ser histórico o ponto que o conjunto de Sandro Mendes conseguiu nos Açores, o primeiro em quatro confrontos para a I Liga.

Mesmo com tantos dados positivos neste jogo, há a realçar o desagrado dos adeptos açorianos pela exibição menos conseguida do Santa Clara, garantidam­ente, a pior em toda a temporada em casa. Tal não disfarçou a satisfação que todos tinham no final da partida, até porque ambas as formações mostraram que queriam ganhar – e tiveram oportunida­des para tal – mas não souberam ir à procura dos três pontos.

Como denominado­r comum às duas equipas há a falta de eficácia e enquanto aos açorianos faltou velocidade, intensidad­e e agressivid­ade no processo ofensivo, aos sadinos, que até tiveram velocidade e profundida­de, faltoulhes alguma intenciona­lidade e maior capacidade de rotativida­de no seu jogo.

Ocasiões de golo foram raras e aquelas que acontecera­m não tiveram o condão de ter a sorte a acompanhá-las. Primeiro foi Cádiz, aos 18’, que no momento de finalizar viu a bola fugir-lhe dos pés graças a um ressalto na pequena área, que lhe tirou o esférico da zona de ação. Mais tarde, aos 57’, Kaio mostrou pontaria extra quando um remate forte e colocado desferido no interior da área esbarrou no poste direito, não conseguind­o depois na recarga bater Makaridze, rematando desta feita à figura do guarda-redes sadino.

A falta de sorte não deixou espaço para grandes tristezas, até porque o empate ficou bem às duas equipas, face ao que fizeram ao longo de toda a partida.

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Entrada impetuosa de César intimida o sadino Berto

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