O RECORDE DA SALVAÇÃO
Aves chegou aos 36 pontos, batendo o melhor registo da história do clube (34), conseguido na época passada, e a permanência é questão matemática presa por semanas
Inácio lançou o isco – leiase a bola – que o Belenenses gosta de ter, os lisboetas morderam-no e caíram numa teia liderada por Luquinhas. Dois penáltis desbravaram o triunfo
Um recorde e a permanência na mão: o Aves dificilmente podia ter pedido uma noite melhor, pois a vitória frente ao Belenenses fez a equipa de Augusto Inácio passar a somar 36 pontos, registo que, por um lado, é histórico para o clube, que bateu o anterior máximo de 34 pontos, conseguido na época passada, e, por outro, colocou a permanência à distância de uma certeza matemática, uma vez que, em teoria, a pontuação avense deve ser mais que suficiente para continuar entre os grandes. O triunfo diante dos lisboetas foi todo ele construído na segunda parte, embora o primeiro tempo já tenha sido de ascendente local. Sem Vítor Gomes – lesionado –, Augusto Inácio acrescentou Fariña ao miolo de uma equipa que lançou um isco, a bola, a um Belenenses que gosta muito de a ter, mas que foi menos perigoso que o oponente. Muriel fechou a baliza na etapa inicial, ao parar remates de Derley (13’) e Diego Galo (38’), embora Beunardeau também se tenha mostrado perante Licá (28’ ).
O Belenenses atrasou-se no regresso dos balneários e a palestra pareceu ter surtido efeito, pois a formação de Silas entrou melhor (Dálcio ameaçou aos 54’), mas pouco há a fazer quando jogadores como Luquinhas inventam golos do nada. Foi o que fez o extremo aos 57’, quando cavalgou uns valentes metros antes de isolar Derley; o lance terminou em penálti cometido por Muriel e Rodrigo abriu o ativo. Licá (62’) e Ljucic (65’) estiveram perto do empate, porém novo penálti, aos 77’, fez ruir o Belenenses. Ainda houve tempo para outro momento vindo do livro de Luquinhas, ao assistir Rúben Oliveira para o 3-0.
A noite foi de festa em Vila das Aves, em contraste com a do Belenenses, que não vence há sete jogos no campeonato, marca que configura a pior fase dos lisboetas da temporada.