O Jogo

ARBITRAGEM E PLANTEL CURTO EXPLICAM QUEBRA

Portistas inquiridos por O JOGO fizeram um apanhado das razões que terão estado na origem de um FC Porto que passou de sete pontos de vantagem para o segundo lugar

- ANTÓNIO M. SOARES

Grande parte dos 15 inquiridos apontou “fatores externos” para justificar a perda da liderança, mas também uma aposta excessiva na Taça da Liga, que passou fatura ao plantel

Erros de arbitragem, um plantel curto, uma aposta excessiva na Taça da Liga, reforços de janeiro com pouco peso, as lesões de Aboubakar e Marega e falta de eficácia no ataque são as principais razões que os adeptos encontram para explicar a quebra de um FC Porto que era líder com sete pontos de avanço sobre o Benfica na penúltima jornada da primeira volta e está agora dois pontos atrás do rival, que, por sinal, empatou em casa com o Belenenses. Significa isto que os dragões cederam 11 pontos. Mas porquê? Os 15 inquiridos ouvidos por O JOGO não têm dúvidas em apontar o dedo às arbitragen­s, recorrendo ao jogo do Benfica em Braga para se justificar­em com “erros que são uma situação comum, que já ocorrem há muitos anos e com as quais o FC Porto tem sempre de contar”, como disse, por exemplo, José Guilherme Aguiar. Opinião partilhada por Nuno Cardoso, antigo autarca da Câmara Municipal do Porto, que aponta “arbitragen­s que têm levado o Benfica ao colo e que afetam a verdade desportiva, apesar do VAR e da introdução de tecnologia­s no futebol”. Na mesma linha de raciocínio surgem ainda Miguel Guedes, para quem “as condiciona­ntes externas do poder do futebol português não desaparece­ram”, e Rui Reininho, que diz mesmo que as “arbitragen­s estão viciadas”.

Uma parte substancia­l dos inquiridos também justificou a situação comum plantel curto e“um erro estratégic­o” na aposta excessiva feita na Taça da Liga pelos responsáve­is do FC Porto. Com a equipa envolvida em várias frentes, essa aposta “contribuiu para o desgaste”, sublinhou Nuno Cardoso, que destacou ainda a lesão de Marega como aspeto a levar em conta nesta campanha. Rúben Rua, modelo, e o escritor Álvaro Magalhães acrescenta­ram a questão dos reforços de janeiro, que pouco pesaram para o primeiro e que não beneficiar­am a equipa para o segundo. “Pepe só serviu para estragar uma harmonia defensiva perfeita entre Felipe e Militão. O FC Porto passou a sofrer mais golos depois com a dupla formada por Felipe e Pepe”, justificou Álvaro Magalhães.

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