QUAIS AS RAZÕES NA ORIGEM DA QUEBRA DO FC PORTO?
Manuel Serrão Empresário “Falta de concentração”
“O facto de o plantel ser curto e de ter sido afetado por uma onda de lesões que agravou essa situação. Para além disso, houve uma certa falta de concentração no Estádio do Dragão no jogo contra o Benfica, que acabou por entregar o campeonato.”
Rui Reininho Músico “Arbitragens viciadas”
“Linha de ataque é pouco produtiva e há falta de bons decisores na frente. Faltou ainda Aboubakar e depois houve arbitragens completamente viciadas, que também contribuíram. Além disso, houve falta de capacidade para deixar os adversários recuperarem, como se tinha visto contra o V. Guimarães antes.”
Álvaro Magalhães Escritor “Pesaram o fator Lage e Pepe”
“Houve dois fatores: primeiro o fator Lage, depois os reforços do FC Porto. Pepe só serviu para estragar uma harmonia defensiva perfeita entre Felipe e Militão; o FC Porto passou a sofrer mais golos depois com Felipe e Pepe. O Benfica foi buscar Lage, que já tinha, e um jogador fundamental, João Félix.”
Miguel Guedes Músico “Condicionantes externas”
“Houve algum relaxamento e condicionantes externas do poder no futebol português que não desapareceram. A derrota em casa com o Benfica, somada ao momento em que o rival passa para a frente, fez com que esse poder ressurgisse, como que estando autorizado a levar ao andor.”
Bernardino Pedroto Treinador “Lesões prejudicaram”
“A ausência de Aboubakar pode não explicar tudo, mas algumas lesões prejudicaram o ritmo da equipa. As notícias dos jogadores em final de contrato terão provocado algum desequilíbrio emocional. Algumas baixas de forma de jogadores importantes também contribuíram.”
Jorge Amaral Treinador “Champions e concentração”
“Os jogos com Moreirense e Benfica foram antes da Champions e pesaram. Mas também houve alguma incompetência. Contra o V. Guimarães, houve infelicidade. As lesões, com Aboubakar desde o início e Marega depois, idem. Os níveis de concentração na Champions são mais altos e isso sente-se no regresso à Liga.”
Guilherme Aguiar Advogado “Erros de arbitragem”
“A perda de liderança teve muito que ver com dois resultados que marcaram, com o Benfica, no Dragão, e o último com o Rio Ave. Justificar o resto com eventuais e habituais erros de arbitragem em jogos do Benfica é uma situação comum, que já ocorre há muitos anos e com as quais o FC Porto tem sempre de contar.”
Cândido Costa Antigo jogador “Clássicos e fatores externos”
“Alguma culpa própria, alguns fatores externos e, desde a entrada de Bruno Lage, algumas coisas que escaparam. Há ainda os dois clássicos perdidos. Algumas razões de queixa em relação ao que se viu ainda na última jornada, mas também devemos responsabilizar cada um em relação ao que teve na mão”.
Luís Jardim Empresário “Falta de eficácia foi um problema ”
“A finalização dos jogadores do FC Porto tem sido um problema, porque eles não acertam na baliza. A falta de eficácia é que tem sido o calcanhar de Aquiles. Depois, Casillas tanto faz grandes defesas como algumas asneiras.”
Rui Quinta Treinador “Falta de concentração”
“Houve momentos de alguma falta de competitividade e falta de concentração que permitiram que os pontos de avanço se fossem desvanecendo. Tem muito a ver com os desempenhos, há sempre coisas que não dominamos, coisas internas, que não conhecemos.”
Nuno Cardoso Ex-autarca da CM Porto “Arbitragens apesar do VAR”
“Na Taça da Liga pode ter estado o erro estratégico, porque causou desgaste. Depois houve a lesão do Marega. Mas as arbitragens também têm levado o Benfica ao colo e deixa de haver verdade desportiva, apesar do VAR e da introdução de tecnologias. Qualquer dia as pessoas cansam-se.”
António Sousa Antigo jogador do FC Porto “Relaxamento mental”
“Acredito em algum relaxamento mental, olhando à vantagem que tiveram em determinada altura. O fator competitivo provocou um grande desgaste, que afetou. Empenho e atitude sempre tiveram. Algumas lesões também contribuíram e afetaram um plantel envolvido em várias frentes.”
Rúben Rua Modelo “Plantel curto e Taça da Liga”
“O FC Porto tem um plantel curto, teve reforços de janeiro que não vieram acrescentar grande coisa e uma Taça da Liga que acabou por custar caro pelo envolvimento excessivo a que obrigou na fase decisiva, quando ainda se tinha a Champions pela frente.”
Carlos Tê Compositor “Plantel curto em muitas frentes”
“O plantel foi curto para tantas frentes e não encontro uma justificação para a dispensa para um jogador como Sérgio Oliveira, que foi de uma importância capital no último título. Contra o Rio Ave, há um livre direto e quem o marca é Soares – não faz sentido. Sérgio Oliveira devia ter continuado.”
Carlos Azenha Treinador “Difícil manter o foco”
“Sete pontos de avanço não é sinónimo de campeonato ganho, o futebol é muito mais competitivo. Difícil é manter o foco dos jogadores com os adversários mais fracos; e pior é, como aconteceu com o FC Porto, a ganhar 2-0 aos 85’. Não há treinador que resista, porque os jogadores baixam a guarda.”