O Jogo

SPRINT DE LUIZ PHELLYPE RUMO A UM OURO INÉDITO

RECORDE Ponta de lança tem quatro jogos para fazer mais dois golos e superar os 16, marca absoluta na carreira. Quer coroar um ano perfeito

- BRUNO FERNANDES RUI MIGUEL GOMES

Brasileiro parte para a reta final a emanar confiança: para além dos quatro jogos consecutiv­os a faturar, já o fez contra todos os rivais que o Sporting ainda tem pela frente. Marcel Keizer não lhe vai tirar o lugar

Luiz Phellype vestiu o dorsal de goleador e corre, neste momento, ao sprint para um final de época de ouro, seja coletivo, com a conquista da Taça de Portugal, seja individual, pela possibilid­ade de estabelece­r um novo recorde de golos em toda a sua carreira.

Depois dos 16 que fez com as cores do Feirense, no segundo escalão do futebol português, em 2014/15, o ponta de lança quer mostrar que também é regular a abanar as redes adversária­s noutros patamares, neste caso o do Sporting, um dos “grandes” do país que o acolheu há mais de seis anos. Na primeira metade da presente época, mas no Paços, na segunda divisão, fez nove golos em 15 jogos, soma à qual junta os seis que já anotou de leão ao peito, quatro deles... nos últimos quatro jogos oficiais dos verdes e brancos. O avançado tem outros quatro embates pela frente e contas feitas só lhe faltam dois golos para chegar aos 17 e fechar a temporada de sorriso na cara.

Curioso ou não é também o facto de Luiz Phellype já ter marcado contra todos os próximos adversário­s do Sporting: ao Belenenses – hoje Belenenses SAD –, que o leão vai encontrar domingo no Jamor, já fez dois golos; frente ao Tondela, rival na jornada seguinte, anotou por uma vez o nome na folha; diante do FC Porto, que a equipa de Keizer visita na 34.ª ronda e reencontra no Jamor, seis dias depois, registou um bis – e tudo aconteceu com a camisola do Paços. Com a chancela holandesa Luiz Phellype é um produto da resiliênci­a, mas também de Marcel Keizer, que na última paragem FIFA aproveitou para trabalhar especifica­mente como avançado, orientando - o para uma ideia de jogo que se organiza ora num 4x3x3 ora num sistema com três centrais. Certo é que a partir daí, e aproveitan­do a ausência pro-

longada de Bas Dost, agarrou o lugar com unhas e dentes, desatou a marcar golos e hoje tem o estatuto de indiscutív­el no ataque verde e branco. Mesmo que não marque, e isto foi-lhe transmitid­o pelo treinador, não vai saltar do onze, não só pelas vezes em que foi decisivo, mas principalm­ente pelo esforço que colocou no seu processo de integração. Atenção chega aos poucos O bom momento de forma do camisola 29 dos leões não tem passado ao lado dos clubes que enviam emissários a Alvalade e aos campos onde o Sporting joga como visitante. Não há qualquer abordagem formal aos seus representa­ntes, mas os primeiros relatórios estão a começar a chegar aos quatro cantos da Europa. Afinal, falamos de um futebolist­a com 25 anos, que ainda não atingiu – de todo – o pico da carreira, mas que dá sensações positivas a quem o treina e a quem o vê. Para já, só pensa – e já o disse – em dar títulos ao leão.

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