O Jogo

Sousa sem chama estraga a revalidaçã­o

O detentor do título não teve argumentos para ultrapassa­r, diante de um ex-top 10, os oitavos de final do Estoril Open

- MANUEL PEREZ

Tal como nos anteriores 25 torneios já disputados nesta época, o ATP Tour português não vai ter o mesmo campeão. O vimaranens­e foi afastado pelo belga David Goffin (25.º) e vai descer para 75.º mundial

O primeiro terço desta época ainda não apresentou qualquer jogador capaz de revalidar o respetivo título e João Sousa (51.º ATP) não fugiu a essa regra, que, contudo, pode ser alterada se no domingo o alemão Alexander Zverev for capaz de vencer, pela terceira vez seguida, o torneio de Munique. Esta pouco usual variedade de vencedores teve ontem o (indesejado) contributo de João Sousa, depois de perder, nasegundar­onda, com o belga David Goffin, por 3-6 e 2-6, em 1h21.

Apenas pela segunda vez na carreira a lutar pela revalidaçã­o de um título, depois de em 2014 perder à primeira em Kuala Lumpur e de não poder tentar o mesmo em Valência’2016, tendo em conta a extinção do certame espanhol, o vimaranens­e ficou ontem pelos “oitavos” num Estoril Open que, recorde-se, conquistou no ano passado, após grandes dificuldad­es na primeira ronda, frente ao russo Medvedev, e evitando a seguir os célebres dois match points ante Pedro Sousa.

Frente a David Goffin, a quem ganhara no último confronto, há pouco mais de um ano, no Masters de Miami, o minhoto esteve muitos furos abaixo do belga que já foi membro do top 10 (7.º em 2017) e mostrou estar perto desse alto nível, apesar de uns tremidos primeiros quatro meses da temporada.

“O David [Goffin] esteve muito bem e mostrou a razão pela qual já esteve no top 10”, considerou João Sousa, após uma contenda em que não foi regular em termos de intensidad­e, mas assumindo mais: “Não consegui encontrar soluções e não consegui, em termos táticos, jogar como estava planeado”. Seguiu-se o elogio ao belga: “Apresentou um nível muito mais alto e mereceu

“Qualquer derrota é amarga, ainda por cima em casa, e não encontrei soluções para contrariar um adversário superior”

João Sousa

75.º do ranking ATP (virtual)

o triunfo”. Tratando-se do sétimo encontro entre ambos (2-5 agora para Goffin), Sousa também se mostrou incomodado com o traiçoeiro golpe de serviço do adversário, sentindo-se “incapaz de responder beme deseracuti­lante e agressivo”, sentido ainda notórias dificuldad­es em controlar muitos pontos e chegando a cometer alguns “disparates”. A estatístic­a ajuda a perceber parte do desacerto: 26 erros não forçados, contra 15 do oponente, e apenas sete winners face aos 17 de Goffin.

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João Sousa admitiu que não foi “acutilante e agressivo”, perdendo em 1h21 com David Goffin

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