O Jogo

Luís Mendonça vence troféu O JOGO/Leilosoc

Segundo lugar garantido ao sprint em Vieira do Minho foi decisivo

- CARLOS FLÓRIDO

“Tinha seis homens para marcar, três do FC Porto e três da Efapel, não era fácil. Numa subida, respondi aos três da Efapel...”

Luís Mendonça

Rádio Popular-Boavista

Luís Mendonça deu à Rádio Popular-Boavista a segunda vitória da época, após um final épico em Vieira do Minho, com os dois primeiros da geral a culminarem um festival de ataques

“Logo na terceira volta, atacaram quase todos os candidatos à amarela e felizmente consegui responder a todos”, afirmou Luís Mendonça logo depois de chegar à meta de Vieira do Minho na roda de Jóni Brandão, que venceu a segunda etapa mas sem lhe retirar a camisola amarela. O corredorda­RádioPopul­ar-Boavista venceu o Troféu O JOGO/ Leilosoc e afirmou-se, aos 33 anos, como um sério candidato aos lugares cimeiros no pelotão nacional, tendo a Volta a Portugal como objetivo máximo. Se a conquista da Taça de Portugal, na passada quartafeir­a, fora um êxito da sua regularida­de em clássicas, a vitória festejada ontem teve outro significad­o, pois mostra que o boavisteir­o tem qualidade para estar à altura dos melhores.

Os 100 quilómetro­s do circuito em Vieira do Minho, percorrido­s num traçado lindíssimo, foram do melhor que já se viu nesta época. Os ataques foram constantes, sobretudo por parte da Efapel, que entre as 12 voltas conseguiu ter praticamen­te toda a equipa nas fugas, enquanto a W52FC Porto voltou a ter Raúl Alarcón mais uma imensidade de quilómetro­s isolado. A RP-Boavista respondeu a tudo!

“O número de anos no ciclismo deu-nos a tranquilid­ade de saber gerir a corrida”, disse no final Daniel Silva, que a par de João Benta teve a maioria do trabalho, depois de João Salgado, o terceiro dos ajudantes do camisola amarela, ter parado esgotado à sexta volta. “Que me recorde, nunca defendi uma amarela com tão poucos. Foi cá uma experiênci­a...”, desabafou Daniel Silva. A JVPGondoma­r, uma equipa-satélite dos axadrezado­s, ajudou no que podia e no final o Aviludo-Louletano também tentou controlar o pelotão.

“Vai, Jóni, vai!”, gritou o uruguaio Fabricio Ferrari na última e espetacula­r volta, quando os dois colegas da Efapel se juntaram em fuga. Luís Men

donça, que confessou ter como missão “vigiar seis adversário­s, três da Efapel e três da W52-FC Porto”, e logo de entrada tivera de “responder aos três da Efapel, um de cada vez”, seguiu os rivais. A aposta do Sporting-Tavira, Aleksandr Gregoriev, completou um quarteto, e da W52-FC Porto (Rafael Reis e Daniel Mestre) não conseguiu responder.

A última volta foi louca. Desceu-se a mais de 85 km/h e dos ataques entre o quarteto acabaram por sair Jóni Brandão e Luís Mendonça. Pela terceira vez consecutiv­a, depois da Clássica das Aldeias do Xisto e da etapa de sábado, o duo discutia o triunfo, desta vez repartindo as alegrias: o homem da Efapel foi primeiro na meta, o do Boavista guardou a amarela. E entrou para a história das corridas de O JOGO, pois Mendonça festejou a quinta vitória axadrezada!

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Luís Mendonça abraçado pelo colega Daniel Silva...
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O JOGO
...e no quinto triunfo do Boavista em provas de O JOGO

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