“Os adversários vestem de preto...”
Presidente, ao ataque, lamenta que abundem “paixões vermelhas” e “pinheiros pouco iluminados” para subverter a classificação da liga
O líder de clube e SAD destacou a conquista da Youth League e os êxitos internacionais do andebol e do hóquei em patins para fazer um paralelismo com o futebol, com indiretas para dois árbitros
A conquista da Youth League por parte dos sub-19 do FC Porto foi o mote para Pinto da Costa destacar as diferenças entre os jogos em Portugal e no estrangeiro e considerar que “muitas vezes os principais adversários do FC Porto vestem de preto, andam com um apito na boca ou estão sentados em frente a ecrãs de televisão”. Mas já lá vamos. O presidente portista começou por contextualizar.
“Os maiores feitos da história do FC Porto foram alcançados causando espanto lá fora e incredulidade cá dentro. Foi assim com as grandes conquistas europeias de 1987, 2003, 2004 e 2011, eé assim, de novo, com a vitória da nossa equipa de sub-19 na Youth League ”, pode ler-se no editorial da “Revista Dragões”. “Esse título magnífico, o primeiro de uma equipa portuguesa na mais importante competição de clubes ao nível da formação, foi conseguido graças ao mérito de muita gente que não costuma aparecer nas capas dos jornais, com o treinador Mário Silva à cabeça”, destacou.
Partindo da conquista dos sub-19, Pinto da Costa salientou a vocação europeia do clube, não apenas do futebol. “Nem é só no futebol que o FC Porto brilha. Também a equipa de andebol alcançou um feito notável, ao qualificar-se para a final-four da Taça EHF, num percurso em que já foram derrotadosvários adversários bem mais poderosos. [...] Agora, vamos continuar a sonhar e a torcer para que aconteçam mais coisas bonitas nos jogos em Kiel, na Alemanha. Também a equipa de hóquei em patins confirmou a vocação europeia do FC Porto ao qualificar-se para a final-four da Liga Europeia.”
Pelas conquistas europeias do clube, Pinto da Costa chega a uma conclusão que atinge a arbitragem portuguesa. “Infelizmente, parece que por vezes é mais fácil para o FC Porto ter êxito nas competições europeias, frente a rivais mais difíceis, do que em Portugal, onde muitas vezes os adversários vestem de preto, andam com um apito na boca ou estão sentados em frente a ecrãs de televisão. Triste o país onde abundam as paixões vermelhas e os pinheiros pouco iluminados, sempre disponíveis para subverter a classificação do campeonato, como agora o fizeram, demonstrando que o crime compensa e que não há camião de coação que não continue a dar resultados”, completou, agora já numa clara mensagem aos árbitros João Pinheiro e Bruno Paixão, que foram árbitro e VAR no polémico Feirense-Benfica de 7 de abril.
“Triste o país onde abundam as paixões vermelhas e os pinheiros pouco iluminados” Pinto da Costa Presidente do FC Porto