Éo fim do mundo, outra vez
O“Z” que se lê no final do título não deixa margem para dúvidas, mesmo para quem nunca viu o filme protagonizado por Brad Pitt em que o jogo se baseia: World War Z é mais um jogo com zombies. Centenas e centenas de zombies que invadem cada nível em hordas intermináveis e que os jogadores, agrupados em equipas de quatro elementos, têm de eliminar. O título da Saber Interactive não escon
de a inspiração no grande clássico do género, Left for Dead, embora utilizando os ingredientes que o filme de 2013 acrescenta à sempre crescente mitologia zombie. Esqueçam os velhos mortos vivos que se arrastam a cair aos bocados: estes correm a velocidades capazes de envergonhar Usain Bolt. E porque um mal nunca vem só – estes chegam às centenas de cada vez – há uma espécie de consciência coletiva que os leva ter comportamentos complexos para tentarem chegar até às potenciais vítimas. Amontoarem-se às dezenas para atingirem um ponto mais alto, por exemplo, é um clássico. World War Z é o tipo de jogo que deve mesmo ser partilhado por quatro amigos em simultâneo online: os elementos controlados pelo computador demonstram uma inteligência artificial que é muito mais artificial do que inteligência. Com um lote de armas interessante para colecionar, uma vertente estratégica que faz toda a diferença e um apelo ao trabalho de equipa que Jurgen Klopp não desdenharia, World War Z é uma boa desculpa para evitar as alergias que andam lá fora por estes dias.