O Jogo

Até ao fim

Goleada selou descida dos madeirense­s à II Liga Sérgio Conceição: “Damos tudo o que temos”

- Textos CARLOS GOUVEIA

Golaço de Alex Telles num livre direto e um Óliver em grande estilo acabaram com as esperanças do adversário. As dos portistas são ténues, mas a calculador­a ainda não foi desligada O FC Porto cumpriu a obrigação e venceu o condenado Nacional, num jogo demasiado fácil e resolvido bem cedo. Alex Telles abriu a contagem de livre direto ainda antes do primeiro quarto de hora e a partir daí percebeu-se que o avolumar do resultado era uma questão de eficácia dos portistas. Nem foi preciso acelerar muito, porque os erros dos insulares ajudavam os portistas a jogar praticamen­te no meio-campo adversário. Óliver fez o segundo e, já na segunda parte, Corona e Marega confirmara­m a goleada, concentran­do todas as atenções no jogo do Benfica em Vila do Conde, com a certeza de que o título só seria resolvido na última jornada.

Sem Brahimi, baixa de última hora, e Herrera, Sérgio Conceição apostou, sem surpresa, em Otávio e Óliver, mantendo o resto da equipa. O brasileiro, porém, jogou na direita, passando Corona para o outro lado do ataque, mas foi o espanhol quem assumiu o comando das operações, reclamando uma vez mais tempo de jogo. Para o Nacional, qualquer coisa que não fosse conquistar os três pontos traduzir-se-ia numa descida automática de divisão, uma vez que o Chaves, que até perdeu em casa com o V. Setúbal, e o Tondela já estavam a quatro pontos de distância e tinham vantagem no confronto direto. O jogo foi, por isso, uma questão de preencher os formulário­s de acesso à II Liga, num triste adeus perante os próprios adeptos.

Visivelmen­te desmotivad­os, os insulares foram pouco agressivos, deixando o FC Porto entrar na sua área com toda a facilidade, sobretudo a partir do 1-0, assinado por Alex Telles. Porém, é justo dizer que a equipa de Costinha até podia ter marcado primeiro e isso poderia ter alterado drasticame­nte o rumo dos acontecime­ntos. Só que Riascos, de baliza aberta, falhou de forma incrível após um desentendi­mento entre Vaná e Militão. Ainda por cima, no lance seguinte Alex Telles fez um golaço de livre direto e enterrou de vez os donos da casa.

A partir daí, assistiu-se a um festival de passes errados que o FC Porto aproveitav­a para transições que nem precisavam de ser muito rápidas. Foi dessa forma que Óliver fez o 2-0, ainda antes da meia hora. Alhassan fez um disparate, Corona recuperou a bola, tocou para o espanhol e este só teve de aproveitar todo o espaço que teve à frente para progredir e marcar. Nem com Marakis, de regresso ao fim de três meses, a atuar quase como terceiro central, o Nacional foi capaz de afastar o perigo. E a atacar só mesmo com bolas longas. Numa delas, Riascos, o mais perigoso dos donos da casa ao longo da partida, aproveitou que Manafá escorregou e ainda assustou Vaná. Até ao intervalo, Maregaeste­veduasveze­sperto de ampliar a contagem.

Na segunda parte, o ritmo continuou a não ser muito elevado, até porque o sol aquecia – e de que maneira – o relvado. O Nacional praticamen­te não incomodou Vaná e o FC Porto, com toda a tranquilid­ade, fez mais dois golos, mas há muito que a história do jogo estava escrita. O primeiro numa bola longa para Marega, que aguentou a marcação até servir Corona, e o outro numa grande penalidade – por mão na bola – convertida pelo maliano.

Com os três pontos assegurado­s, a partir daí já não dependia do FC Porto. Era esperar para ver o que o Benfica fazia em Vila do Conde... Uma nota final para o Nacional. Como é lógico, não foi ontem que desceu de divisão, mas nos jogos em que falhou contra as equipas do “seu” campeonato.

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 ??  ?? Marega foi premiado pelo trabalho no lance do 3-0 com um golo (4-0), apontado de grande penalidade
Marega foi premiado pelo trabalho no lance do 3-0 com um golo (4-0), apontado de grande penalidade
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Corona esteve na origem do segundo golo e marcou o terceiro com um pontapé acrobático
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