O Jogo

Bruno Lage “Sabíamos que seria um jogo para durar, foi de doidos”

Técnico encarnado deixou elogios à forma como a sua equipa se bateu com um Rio Ave de “muita qualidade”. Agora, a um ponto do título, assegura foco para o “difícil Santa Clara”

-

Treinador afiança que tinha a convicção de que o FC Porto ia vencer na Choupana porque é “uma equipa forte”, mas dá conta que entre os da Luz “nunca se olhou para o que o adversário foi fazendo...”

A resiliênci­a do Rio Ave era esperada por Bruno Lage, que deu conta disso mesmo no final do encontro. “Mérito para o Rio Ave, para os seus jogadores e técnico”, apontou o técnico encarnado. “Vencemos perante uma grande equipa, recheada de grandes valores individuai­s e um grande treinador, está a fazer uma ponta final de campeonato muito boa. Foi um jogo de doidos com muitos golos, difícil, por isso tínhamos de ser competente­s, pressionan­tes, com a entrega que tivemos. Penso que, pelo que temos vindo a fazer, fica-nos bem chegar ao último jogo com mais uma final”, defendeu.

Bruno Lage, recusando comentar a arbitragem de Hugo Miguel, sustentou que o momento do jogo foi a forma como a sua equipa entrou em campo. “Havia algumas dúvidas sobre como é que a equipa se ia comportar. Tivemos duas entradas não tão boas nos últimos jogos, quando em vários jogos entrámos bem. Marcando um golo de início as coisas podiam correr de feição, mas seria um jogo para durar, como o Rio Ave fez com o FC Porto e Moreirense. Tínhamos de estar muito fortes”, atirou, acrescenta­ndo que a equipa nunca pensou num tropeção do FC Porto na Choupana: “O importante era sair na mesma posição e a dependermo­s de nós. Estava convicto de duas coisas: sempre que joguei no meu aniversári­o, ganhei e, por isso, acreditava que íamos ganhar; e sabia que o FC Porto ia fazer o seu trabalho, porque tem uma excelente equipa, e vencer. Santa Clara? Nunca foi a nossa maneira de estar olhar para o que vai acontecer com o FC Porto. A partir do jogo do Dragão passámos a depender de nós. O Santa Clara tem feito o melhor de sempre, com uma manutenção acima de 40 pontos. Uma equipa muito difícil.”

Dando mérito aos jogadores pelo momento ofensivo da equipa, com 99 golos na Liga, Bruno Lage vê a equipa “focada” para o que falta e recusou euforias. “Há quatro ou cinco meses nunca imaginaria celebrar o meu aniversári­o com esta família, somos uma família, temos de estar focados e vencer a última final para acabar onde estamos. A pressão ou ansiedade tem de existir”, frisou, explicando o que o levou a colocar Gedson em campo: “O Daniel Ramos mudou o seu meio-campo, começou a construir com dois médios, mudámos para 4x3x3, colocámos o João Félix entre o Rúben Semedo e o Coentrão, que começou a receber mais baixo para abrir para o Nuno Santos, no lado contrário, tentámos alterar isso com uma forte pressão com os dois médios, recorrendo ao Gedson e ao Samaris com o Florentino para fazer cobertura aos alas que fazem movimentos interiores”, rematou.

“Vencemos uma grande equipa, recheada de grandes jogadores e que tem um grande treinador”

“Marcando um golo de início as coisas podiam correr de feição. Havia dúvidas sobre como íamos entrar”

“O importante era sair na mesma posição. O Santa Clara é uma equipa muito difícil”

“Coloquei Gedson para alterar a forma de pressão com Samaris. Florentino ficou a cobrir as alas”

 ??  ?? Rafa apontou o primeiro golo do jogo e Borevkovic teve dificuldad­es para o travar
Rafa apontou o primeiro golo do jogo e Borevkovic teve dificuldad­es para o travar

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal