O Jogo

“Fontelas Gomes é uma pessoa séria”

Pinto da Costa guarda uma boa imagem do líder do Conselho de Arbitragem, mas, ainda assim, desconfia das suas nomeações

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“Guerra” nas redes sociais não interessa ao líder dos dragões que, diz, nem sequer tem email. Disputa com o Benfica é pelo título e não por eventual presença na Superliga Europeia

Apesar das fortes críticas às arbitragen­s, Pinto da Costa confia no homem que está à frente do Conselho de Arbitragem (CA). Só não está a gostar das nomeações e diz que o problema não é saber-se quem são os eleitos para os jogos, mas sim a razão para essa escolha, sobretudo nos jogos que podem decidir o título. A sua opinião sobre o Conselho de Arbitragem mudou? A minha posição em relação ao CA não mudou num aspeto: não tenho a mínima dúvida de que o Sr. Fontelas Gomes, que é o presidente, é uma pessoa séria. Não tenho a mínima dúvida. Agora, no que diz respeito a confiar nas suas nomeações, das duas uma: ou está a ser pressionad­o por alguém, ou, se não está, então tenho de mudar [a opinião], porque considero que não tem sido capaz de ter decisões que se justifique­m. Qual foi a conversa que teve com o CA? Falei, por exemplo, de Bruno Esteves, que não podemos esquecer. Mas não vou estar a revelar, porque, senão, qualquer pessoa com quem falasse amanhã não teria confiança para estar a falar comigo. Existe uma clara guerra de comunicaçã­o, até nas redes sociais. O FC Porto tem estado à altura? Sou alérgico a essas redes sociais, não tenho Facebook, nem sequer email. Mas conseguira­m forçar o Conselho de Arbitragem a alterar e passar a divulgar as nomeações... O Conselho de Arbitragem sabe como isso foi arquitetad­o... Mas o problema não é saber-se quem são os árbitros. O problemaéc­omoessesár­bitros são indicados. Não é saber se o senhor Bruno Paixão vai ser o VAR do Feirense-Benfica, o problema é ele estar lá e porque está lá. Ou porque é que o senhor Luís Godinho foi VAR em Vila do Conde. Para o Conselho de Arbitragem ele é um árbitro em quem confiam muito, mas tem lógica, com tantos jogos importante­s e decisivos, ele não ter arbitrado? Não está a contradize­r-se? Não estou, porque não disse que o Sr. Luís Godinho é um bom árbitro. Referi-me ao conceito do CA. Não vou estar aqui a dizer qual é o meu. Agora, daqui a 20 anos, se fosse vivo, lembrar-me-ia sempre do que se passou em Moreira de Cónegos, porque é uma situação caricata, em que o árbitro vai a recuar, cai e expulsa o jogador. Agora, o CA considera-o um bom árbitro. Mas se o considera assim, porque é que foi para ali? Como VAR, ficou mais uma vez demonstrad­o que é mau. FC Porto e Benfica competiram por um campeonato ou por uma eventual mudança que haja no futebol europeu? Não, não... Por todo o prestígio que o Dr. Fernando Gomes tenha no futebol europeu, que é muito, não é o FC Porto ou o Benfica que terão agora interferên­cia direta nas mudanças que venham a haver. Aí, ou os clubes agem em conjunto, ou não será este ou aquele, seja o FC Porto, o Benfica ou o Sporting, que terão interferên­cia. Não há aqui uma disputa por entrar na Superliga Europeia? Não, não... De maneira nenhuma. Há um campeonato em disputa, ambos têm de ganhar e um teve a possibilid­ade de, num momento crucial, ter a sorte de ter padres que saíram da sacristia. Estavam lá guardados e saíram.

“Quanto a confiar nas nomeações: ou está a ser pressionad­o por alguém, ou, se não está, então tenho de mudar de opinião”

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