Cunha Rodrigues vai julgar o Man. City
Terminada a investigação do Comité de Controlo Financeiro dos Clubes (CFCB), será a Câmara Adjudicatória a decidir se há motivo para sanções
Alegadas irregularidades às regras do fair play financeiro podem ser punidas com exclusão das provas europeias. Revelações do “Football Leaks” abriram o caso, mas citizens falam em “acusações falsas”
A UEFA revelou ontem que Yves Leterme, investigador-chefe do Comité de Controlo Financeiro de Clubes (CFCB), passou para a Câmara Adjudicatória da entidade – presidida pelo português José Cunha Rodrigues – a investigação ao Manchester City por alegadas irregularidades às regras do fair play financeiro. A investigação foi aberta a 7 de março de 2019, após revelações do “Football Leaks”, e caberá ao antigo ProcuradorGeral da República portuguesa verificar se os campeões ingleses infringiram as regras. Se isso vier a ser provado, a sanção a aplicar pode passar pela exclusão das provas europeias. Contudo, dificilmente será aplicável na próxima época: o City pode sempre recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto, o que terá efeitos suspensivos para uma eventual decisão desfavorável.
Os citizens não demoraram a reagir em comunicado. “O Manchester City está dececionado mas não surpreendido pelo súbito anúncio feito pelo investigador-chefe Yves Leterme. As fugas de informação
Manchester City aguarda decisão sobre comportamento financeiro na última semana são indicativas de como o processo foi liderado. O City está totalmente confiante num resultado positivo quando o assunto for Comunicado do Manchester City tratado por um organismo judicial independente”, escreveu o clube, garantindo que “a acusação de irregularidades financeiras é inteiramente falsa” e que a investigação “ignora um conjunto de provas irrefutáveis” e contém “erros, más interpretações e confusões”.