O Jogo

“FICAR? DINHEIRO NÃO É DECISIVO...”

SÉRGIO CONCEIÇÃO Não atira a toalha ao chão em relação ao título, mas já prepara 2019/20. E a decisão não tem a ver com milhões para gastar

- MANUEL CASACA

Sérgio Conceição leu a entrevista que Pinto da Costa concedeu a O JOGO e garante que tem havido conversas para melhorar o que não esteve bem. Compromiss­o para hoje é ganhar e... esperar

Sérgio Conceição quer acabar a época em beleza com uma vitória hoje e outra na final da Taça de Portugal. Com ou sem título de campeão, o treinador do FC Porto já está a preparar a próxima época.

O que espera do Clássico?

—Esperamos um bom jogo, entre duas equipas muito competitiv­as, e esperamos estar contentes no final do jogo, sinal de que o rival [Benfica] perdeu três pontos. Mas primeiro temos de ganhar o nosso jogo.

Quais são as possibilid­ades de o FC Porto ser campeão?

—Sabemos que é extremamen­te difícil que isso aconteça, mas no FC Porto não atiramos a toalha ao chão, aqui ninguém desiste. Matematica­mente ainda temos possibilid­ade de ganhar o campeonato e é nisso que temos de estar focados. Neste último jogo no Dragão, temos de premiar os nossos adeptos com uma vitória e com uma boa exibição.

Independen­temente de ser ou não campeão, como gostava que esta época fosse recordada?

—É uma excelente pergunta e difícil de responder. Independen­temente de ganhar A ou B, é importante que o campeão seja um justo vencedor, dentro daquilo que é a verdade desportiva. Sobre isso o nosso presidente já falou e neste clube fala-se a uma só voz. É preciso que as pessoas entendam isso. Ele falou e eu assino por baixo.

Pinto da Costa disse [a O JOGO] que nem é assunto equacionar a saída de Sérgio Conceição. Sente-se com capacidade para formar uma equipa nova e ir à procura de títulos?

—Independen­temente da forma de estruturar o plantel e das saídas ou entradas de xis jogadores, quem trabalha nesta casa é para ganhar títulos. O presidente tem toda a legitimida­de e tem credibilid­ade para falar, até porque estamos a falar do dirigente com mais títulos no mundo. Agora, se me sinto capaz? Claro que sim. No Olhanense o meu título foi ficar em oitavo lugar, na Académica também, e por aí fora. No FC Porto, que esteve quatro anos praticamen­te sem ganhar nada, nós em dois anos temos a possibilid­ade de ganhar quatro títulos. Dois já estão conquistad­os, o campeonato e a Supertaça, e pela frente ainda temos o campeonato e a final da Taça de Portugal. Se não ganhar, fica essa frustração. No FC Porto o nosso ADN é ganhar títulos. É esse o meu pensamento e do presidente do FC Porto. Estamos em plena sintonia.

Para o Sérgio continuar é importante ter um FC Porto mais forte no mercado?

—Todos sabem a realidade do FC Porto nestes dois anos que estou aqui e na dificuldad­e que o clube teve em trazer mais-valias para a sua equipa, devido ao aspeto financeiro. Mas isso não é fundamenta­l para que eu fique ou não. Se eu tivesse medo ou receio de algum desafio não tinha vindo de Nantes por metade do contrato que recebia em França. Não é por aí. O que tem havido é conversas em relação às melhorias de algumas situações dentro do clube. É isso que quero e que o presidente também quererá.

“Sobre a verdade desportiva, o nosso presidente já falou e neste clube fala-se a uma só voz. Ele falou e eu assino por baixo” Sérgio Conceição Treinador do FC Porto

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