Quando a vitória é contra o cancro
Corrida da Mulher do Porto levou 22 mil até à Avenida dos Aliados e a primeira, Susana Godinho, destacou o fundamental
A EDP Corrida da Mulher teve um pódio, mas as atletas foram as primeiras a deixar claro que estavam ali para contribuir na luta contra o cancro da mama. O Porto viveu uma manhã única, feita de sorrisos
Já passavam 10 minutos da hora prevista para o tiro de partida (10h00) e da estação do Metro ainda saíam muitas passageiras vestidas de cor-derosa, para se juntarem às que na Alameda do Dragão formavam uma multidão que ia do Estádio do Dragão quase até à Igreja das Antas. A Corrida da Mulher do Porto voltou a colocar 22 mil a correr (e a caminhar) até à Avenida dos Aliados, numa das manhãs mais marcantes do ano. “O mais importante deste evento é o cariz solidário, é apelar à sensibilização da prevenção e tratamento do cancro da mama”, diria no final Susana Godinho, jovem do Sporting que seria a primeira na meta, dando o mote a uma prova verdadeiramente diferente.
Sob a sombra das árvores da Alameda, milhares de balões biodegradáveis, brancos e rosa, foram soltos no momento da partida; ou agarrados, pelas que os levaram durante os cinco quilómetros até ao centro da cidade. Um painel branco esperava todas nos Aliados, para deixarem uma dedicatória a mulheres com cancro ou às que superam doenças ou dificuldades extremas.
Eram mais de 3000 Marias, de 1000 Anas ou de 600 Paulas, num total de 22 mil mulheres que contribuíram com um euro cada, angariado para o IPO, já que a missão principal da prova é a solidariedade, aliada ao convívio e à alegria.
A componente competitiva foi a que menos contou, mas alinhou um bom lote de atletas e Susana Godinho, do Sporting, terminou em 15m19s. A segunda foi Marisa Barros, do Salgueiros, e o pódio fechou com outra leoa, Daniela Cunha. Mas também correram Mónica Silva, Diana Almeida (Sporting), Marta Martins (Sp. Braga), Patrícia Oliveira (Grecas) e até Fernanda Ribeiro, ajudando a dar mais cor a uma corrida memorável.