Última corrida de Niki Lauda
Foi três vezes campeão de Fórmula 1 e não resistiu a problemas renais. Será homenageado no Mónaco
Lenda da F1 faleceu, anteontem à noite, 43 anos após (1976) ter sobrevivido a um acidente no GP da Alemanha que lhe provocou graves queimaduras. Tinha 70 anos e estava doente desde agosto
Três vezes campeão mundial de Fórmula 1, em 1975, 1977 e 1984, Andreas Nikolaus Lauda, nascido a 22 de fevereiro de 1949, perdeu, an te ontemànoi te, amaisárdu acorrida da sua vida. O austríaco nunca deixou a F 1, tendo nos últimos anos ocupado o cargo de presidente não executivo da Mercedes, e sendo, inclusive, o responsável pela contratação do entretanto campeonís sim oLewisHa milton. A equipa já anunciou que amanhã terá o seu nome nos carros que vão alinhar no Grande Prémio do Mónaco, onde obteve duas das 25 vitórias da sua carreira e se esperam mais homenagens.
A saúde de Niki Lauda complicou-se em agosto do ano passado, quando foi sujeito ao transplante de um pulmão, em Viena. Mesmo em estado considerado muito grave, o quadro clínico foi evoluindo favoravelmente e, três meses mais tarde, Lauda teve alta e iniciou a reabilitação. No início deste ano sofreu uma forte gripe e voltou a ser internado, prosseguindo, dias mais tarde, o tratamento em casa. Ontem à noite foi internado numa clínica na Suíça, onde se submeteu a hemodiálise, para lidar com os problemas renais detetados durante a tal gripe.
Walter Kleptko, médico de Lauda, revelou que o antigo piloto “teve morte natural”. “Lutou, foi um grande homem, mas há muito tempo que sabíamos que não poderíamos devolvê-lo aos circuitos”, confessou. A última vez que Niki Lauda esteve num paddock foi em Silverstone, no passado mês de julho, no GP de Inglaterra.
Para além da ligação à F1 que manteve até ao fim da vida, o austríaco tinha um fascínio por aviões, criando a Lauda Air, depois a Niki e, em março de 2018, a Laudamotion. A sua vida está retratada num documentário que se tornou um blockbuster, e a feroz rivalidade com o inglês James Hunt deu azo ao filme “Rush”.
“O Niki [Lauda] foi um grande hino ao heroísmo, dentro e fora do cockpit”
Totto Wolf
Chefe da escuderia Mercedes