Portugal perto da centena, faltam os pódios históricos
JOGOS EUROPEUS A um mês da segunda edição, já foi definida a equipa que vai a Minsk tentar igualar os êxitos de Baku. Entre os 98 estão todas as estrelas
Entre 21 e 30 de junho estarão 98 portugueses na capital da Bielorrússia, tentando repetir as 10 medalhas que há quatro anos alegraram o país. As modalidades serão só 15, mas agora há atletismo
Escolhida para sede em outubro de 2016, após a desistência da Holanda e a exclusão da Rússia pelo escândalo de doping, Minsk recebe dentro de um mês a segunda edição dos Jogos Europeus, sucedendo a Baku (Azerbaijão). Apesar de uma redução de modalidades no programa e de, entre todos os eventos multidesportivos continentais, estes Jogos serem os de menor tradição – os Jogos Asiáticos e os Pan-Americanos começaram nos anos 1950 e os Africanos na década seguinte –, Portugal vai apresentar-se com uma comitiva de 98 atletas, de 13 modalidades, portanto perto dos cem de há quatro anos.
“As federações encararam estes Jogos com a ideia de levar as primeiras linhas de cada modalidade”, conta a O JOGO o chefe de missão, Marco Alves, faltando saber se o número de medalhas poderá ser igual às históricas dez conquistadas em Baku. “Não depende só de nós, depende também da aposta dos outros países. Há modalidades que voltam a ter aqui os seus Europeus [badmínton, boxe, canoagem e judo], outras em que há qualificações diretas para Tóquio, e esse interesse competitivo vai levar a que estejam alguns dos melhores atletas da Europa.”
Apesar do discurso cauteloso, e mesmo tendo saído do programa o triatlo e o taekwondo, modalidades que valeram três medalhas em 2015, não será descabido apontar a um desempenho semelhante. Na canoagem, Fernando Pimenta (duas pratas em Baku) transformou-se entretanto no melhor do mundo e há mais barcos com qualidade para ir ao pódio, enquanto no judo Telma Monteiro é candidata a repetir e o título e a equipa está mais forte. O futebol de praia (bronze) mantém a mesma ambição e o mesmo se passa com uma Seleção de ténis de mesa (ouro) na máxima força–nesta modalidade,os medalhados em provas individuais e os campeões por equipas garantem de imediato um lugar nos Jogos Olímpicos. João Costa (do tiro e prata em Baku), Filipa Martins (grande aposta da ginástica artística) e Diogo Ganchinho (campeão da Europa de trampolim individual) também devem merecer atenções.
E por fim chega o atletismo: há quatro anos, as provas eram da terceira divisão europeia e Portugal estava (e está) na segunda, estreando-se agora num formato inovador, de no minadoDy na micNewAthletic seque inclui estafetas mistas, provas de velocidade, saltos e lançamentos. Havendo nove pódios, tudo é possível.
“As federações vão levar as primeiras linhas de cada modalidade. Mas não dependemos só de nós, há os outros países...”
Marco Alves
Chefe de missão a Minsk’2019