“A festa será azul e branca”
Aboubakar lesiona-se, falha Jamor, mas tem pré-época em aberto
“Bruno Fernandes? Cabe-me a mim limitá-lo”
Joel Epalle, adjunto da seleção dos Camarões, promete não desistir do avançado, mas reconhece o quadro difícil. Se o portista não jogar a competição, Sérgio Conceição ganha um “reforço”
Aboubakar fez uma microrrotura na coxa esquerda no treino de ontem e está fora das opções de Sérgio Conceição para a final da Taça de Portugal, no sábado. Esta lesão muscular pode, no entanto, devolver o camaronês aos trabalhos de pré-temporada do FC Porto, que começam, o mais tardar, a 1 de julho. Até aqui, com a participação na Taça de África das Nações (CAN), que decorre no Egito entre 21 de junho e 19 de julho, Aboubakar estava fora do arranque da preparação portista. Mas a lesão muscular coloca-o em risco de não conseguir recuperar a tempo de se manter nas contas de Clarence Seedorf, selecionador dos Camarões, para a maior prova africana de seleções.
Os Leões Indomáveis entram em estágio a partir de 4 de junho, para começarem a competir dia 25, contra a Guiné-Bissau, na primeira jornada do Grupo F, pelo que haverá pouco tempo para que o avançado do FC Porto recupere nas melhores condições. “Vai ser complicado, mas tudo depende da lesão”, reconheceu a O JOGO Joel Epalle, adjunto de Seedorf, na seleção dos Camarões. “Vou já avisar Seedorf e o médico da nossa seleção, porque não sabíamos de nada”, confessou Epalle ao telefone, completamente apanhado de surpresa. “Mas vamos chamálo na mesma para o estágio, assim poderemos avaliar melhor todo o quadro, antes de tomarmos uma decisão definitiva, porque ele é muito importante”, acrescentou.
Aboubakar está neste momento entre os 32 pré-convocados dos Camarões, mas se for tomada a decisão de o manter nas contas para o Egito, a lesão e a recuperação física a que obriga prometem uma corrida contra o tempo. “Em princípio, o grupo de 23 jogadores deverá ficar definido até dia 15 de junho, pelo que vamos ver até lá como é que a situação dele evolui”, explicou Epalle. Entretanto, O JOGO apurou que antes da segunda semana de junho é praticamente impossível que o avançado esteja em condições de treinar normalmente, ainda que longe de dispor das melhores condições competitivas, por vir de um ano de paragem. “Não nos vamos precipitar, não vai ser fácil, como é evidente, mas vamos ver como é que ele evolui, porque estamos a falar de um jogador que é essencial para nós. É o nosso goleador, é muito importante, seria uma ausência de vulto. É uma pena, mas não vamos desistir até perceber a situação em que ele se encontra e ver como ele reage no estágio”, justificou.
Desde que se lesionou em setembro, contra o Tondela, Aboubakar só jogou 10 minutos frente ao Aves e 14 na última jornada do campeonato contra o Sporting. “Sim, de facto esta lesão não podia ter acontecido em pior altura para ele. Mas vou ligar-lhe para o motivar. Não pode desanimar, porque nãoéo primeiro a passar por uma situação destas. Aconteceu-me a mim, quando era profissional. Tem de lutar”, acrescentou Joel Epalle, antes de desligar.
A primeira etapa da recuperação de Aboubakar começa com tratamento e trabalho específico, de modo que a microrrotura na coxa da perna esquerda cicatrize nas melhores condições, dependendo disso o regresso ao relvado.
Desde o regresso após mais de sete meses de paragem, Aboubakar soma 24 minutos de jogo (10 contra o Aves e 14 no clássico com o Sporting)