Sérgio Conceição “Uma injustiça no ponto máximo”
Treinador saiu muito desiludido porque o FC Porto nem devia ter ido a prolongamento, quanto mais a penáltis. Promete vitórias no futuro
Emocionado e com lágrimas nos olhos, Sérgio apontou à estatística para relevar a supremacia do FC Porto. No total foram 26 remates contra 11 do rival, 12 cantos contra um, 57% de posse de bola contra 43%
De lágrimas nos olhos, Sérgio Conceição foi confortado pela esposa e pelos filhos, tendo ainda sido abraçado por vários adeptos que estavam nas bancadas. Emocionado, foi ainda no relvado que começou a analisar o jogo, assumindo a desilusão por perder a final da Taça da Portugal. “Merecíamos vencer. Fomos superiores em todos os dados estatísticos. Fizemos o suficiente para ganhar e nem era preciso o prolongamento”, lamentou o treinador do FC Porto. Conceição considera que a sua equipa merecia estar a ganhar ainda nos 90 minutos. “Houve um equilíbrio nos primeiros 20/25 minutos, mas a partir de determinado período da primeira parte tivemos mais tudo: mais controlo de jogo e mais oportunidades. Merecíamos ganhar ainda nos 90’. Marcámos primeiro, mas num lance a acabar a primeira parte que ia para fora, há um desvio de um nosso jogador [Felipe] e o Sporting empatou. Não foi por isso que a equipa foi abaixo. A equipa mostrou alma, crença e uma vontade enorme de vencer. A segunda parte foi completamente controlada, criámos oportunidades, enviámos duas bolas ao poste e tivemos alguns lances para finalizar até com alguma facilidade”, lembrou. O treinador portista reforça o poderio do FC Porto depois dos 90 minutos. “No prolongamento a toada continuou. Num cruzamento, o Sporting fez o 2-1. Fomos à procura do empate e de acabar a época como merecíamos. Conseguimos em cima do final do prolongamento, quando o Sporting já tinha jogadores no chão e perdas de tempo. O árbitro só deu um minuto de descontos. Perdemos nos penáltis, algo injusto e cruel”, lamentou.
Emocionado, Sérgio Conceição deu conta do seu estado de alma, depois de sair novamente derrotado da final da Taça de Portugal, uma prova pela qual nutre um enorme carinho. “Sentimos muito o nosso clube e a nossa profissão. Custou muito. Vamos ter mais finais e vamos ganhar. Sou apaixonado pela vida e pelo futebol. Vivo intensamente tudo o que faço. Estamos frustrados e desiludidos”, admitiu, antes de voltar a falar em injustiça. “Foi cruel para nós, foi injusto, porque os jogadores fizeram um trabalho fantástico. Não gosto de perder, mas desta forma ainda custa mais. Houve uma injustiça muito grande. A injustiça esteve no seu ponto máximo. Merecíamos ganhar esta taça. É um momento difícil para nós”, lamentou.