PROFESSOR ABEL FOI DAR UMA AULA
Treinador esteve no Fórum Lateral Esquerdo a ensinar futebol. Silêncio sobre a reunião com Salvador
Abel Ferreira preferiu não comentar a reunião da véspera com António Salvador, em que ficou acertada a sua continuidade, mas aproveitou a oportunidade para dar uma aula sobre futebol
Abel Ferreira foi um dos principais convidados do I Fórum Lateral Esquerdo, um blogue especializado na análise ao jogo, mas, já depois de ter deixado várias ideias sobre a forma como olha para o futebol, optou por não comentar os últimos acontecimentos no Braga, nomeadamente a sua continuidade à frente da equipa técnica, que ficou estabelecida após a reunião de sextafeira com António Salvador.
Na conversa de quase uma hora com o moderador, Abel Ferreira revelou que uma das suas missões, enquanto treinador, passa por “ensinar o jogo” aos jogadores. “Lembrome de quando tinha 26 ou 27 anos um fisioterapeuta me ter perguntado qual era a minha tarefa para o jogo daquele dia. Confesso que fiquei sem resposta... Tarefa? Bem, é não deixar o extremo-esquerdo marcar golos, respondi-lhe. Aquilo marcou-me, a minha resposta foi muito rudimentar. Hoje em dia, sei que a confiança da minha equipa está na certeza dos jogadores daquilo que têm de fazer em campo”, recordou.
Abel Ferreira confessou que nunca fez nada num jogo, nem substituições, que não tenham sido treinadas – “não sou um treinador de intuição, para mim intuição é conhecimento”, disse – e recordou as dificuldades que sentiu no início da época para montar a equipa. “Isto é como um puzzle, temos de juntar as peças para aquilo fazer sentido. Infelizmente, o Braga perde jogadores todos os anos. Até posso pensar, gosto muito desta ideia de jogo, mas depois... No início desta época, ficámos sem o meio-campo, saiu-me o
“Infelizmente, o Braga perde jogadores todos os anos...” “No final, a qualidade dos jogadores faz toda a diferença”
Abel Ferreira
Treinador do Braga
Vukcevic,And ré Horta eD anilo, e ainda tinha oFran sérgio lesionado. Como é que ia montar aquilo? No início também não tivemos logo o Claudemir e o Palhinha. Por isso, eu até posso gostar muito de uma forma de jogar, mas tenho de perceber setenhojog adores para isso. Esseéonossotrab alho ”, prosseguiu.
Por entre exemplos do Ajax, Gu ardi ola eatéBern ardo Silva, Abel Ferreira elogiou o trabalho do treinador português e considerou que, no final, aquilo que faz adi ferençaéa qualidade dos jogadores .“Não há volta a dar quanto a isso... Dou um exemplo: na equipa B do Braga precisávamos, em média, de oito oportunidades para marcar um golo. Quantas precisou o Liverpool para marcar [seis golos] ao FC Porto? Ter os cavalos de corrida faz toda a diferença”, rematou.