O Jogo

PROFESSOR ABEL FOI DAR UMA AULA

Treinador esteve no Fórum Lateral Esquerdo a ensinar futebol. Silêncio sobre a reunião com Salvador

- PEDRO MARQUES COSTA

Abel Ferreira preferiu não comentar a reunião da véspera com António Salvador, em que ficou acertada a sua continuida­de, mas aproveitou a oportunida­de para dar uma aula sobre futebol

Abel Ferreira foi um dos principais convidados do I Fórum Lateral Esquerdo, um blogue especializ­ado na análise ao jogo, mas, já depois de ter deixado várias ideias sobre a forma como olha para o futebol, optou por não comentar os últimos acontecime­ntos no Braga, nomeadamen­te a sua continuida­de à frente da equipa técnica, que ficou estabeleci­da após a reunião de sextafeira com António Salvador.

Na conversa de quase uma hora com o moderador, Abel Ferreira revelou que uma das suas missões, enquanto treinador, passa por “ensinar o jogo” aos jogadores. “Lembrome de quando tinha 26 ou 27 anos um fisioterap­euta me ter perguntado qual era a minha tarefa para o jogo daquele dia. Confesso que fiquei sem resposta... Tarefa? Bem, é não deixar o extremo-esquerdo marcar golos, respondi-lhe. Aquilo marcou-me, a minha resposta foi muito rudimentar. Hoje em dia, sei que a confiança da minha equipa está na certeza dos jogadores daquilo que têm de fazer em campo”, recordou.

Abel Ferreira confessou que nunca fez nada num jogo, nem substituiç­ões, que não tenham sido treinadas – “não sou um treinador de intuição, para mim intuição é conhecimen­to”, disse – e recordou as dificuldad­es que sentiu no início da época para montar a equipa. “Isto é como um puzzle, temos de juntar as peças para aquilo fazer sentido. Infelizmen­te, o Braga perde jogadores todos os anos. Até posso pensar, gosto muito desta ideia de jogo, mas depois... No início desta época, ficámos sem o meio-campo, saiu-me o

“Infelizmen­te, o Braga perde jogadores todos os anos...” “No final, a qualidade dos jogadores faz toda a diferença”

Abel Ferreira

Treinador do Braga

Vukcevic,And ré Horta eD anilo, e ainda tinha oFran sérgio lesionado. Como é que ia montar aquilo? No início também não tivemos logo o Claudemir e o Palhinha. Por isso, eu até posso gostar muito de uma forma de jogar, mas tenho de perceber setenhojog adores para isso. Esseéonoss­otrab alho ”, prosseguiu.

Por entre exemplos do Ajax, Gu ardi ola eatéBern ardo Silva, Abel Ferreira elogiou o trabalho do treinador português e considerou que, no final, aquilo que faz adi ferençaéa qualidade dos jogadores .“Não há volta a dar quanto a isso... Dou um exemplo: na equipa B do Braga precisávam­os, em média, de oito oportunida­des para marcar um golo. Quantas precisou o Liverpool para marcar [seis golos] ao FC Porto? Ter os cavalos de corrida faz toda a diferença”, rematou.

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