Salvador propõe novo estádio
Presidente entende que a construção de um recinto mais pequeno e com localização central será “vital para o futuro” do clube
Alertando para a “necessidade de promover uma discussão alargada com os sócios” sobre o tema, António Salvador considera adequado ao projeto o local onde existe o histórico Estádio 1.º de Maio
Afastado do centro de Braga, muito criticado pelo desconforto e com um custo global de 160 milhões de euros, o Estádio Municipal é cada vez menos querido pelos adeptos do Braga e um fardo pesado para a Câmara, que já gastou com ele 130 milhões, podendo ser colocado à venda se a ideia for aprovada num referendo previsto para o começo de 2020. Tudo isto deu que pensar a António Salvador e, numa reunião, no passado sábado, com o Conselho Geral e os restantes órgãos sociais do clube e da SAD, o dirigente sugeriu que se deve promover “uma discussão alargada com os sócios a propósito da possível construção de um novo” recinto, segundo revelou o clube em comunicado.
O estádio preconizado por Salvador, “vital para o futuro”, terá de ser “propriedade do Braga, mais pequeno (com cerca de 20 mil lugares) e com uma localização central”, primando pela funcionalidade e “adaptado às necessidades do clube e dos seus adeptos”. De acordo com o mesma nota informativa, o presidente do clube até apontou um local bem familiar aos adeptos bracarenses para a edificação da eventual infraestrutura: “Se a Câmara Municipal o entender e cooperar com o Braga em relação a este tema, cedendo em definitivo o Estádio 1.º de Maio [propriedade da Câmara Municipal], a construção do novo complexo poderá ser executada naquele local, nos moldes referidos”. Por ter proposto o mesmo em intervenções públicas anteriores, Ricardo Rio, o presidente da autarquia, mostrou-se recetivo ao projeto de Salvador, embora descartando a total demolição do 1.º de Maio para a construção de raiz de um novo estádio. “É um monumento nacional, pelo que qualquer intervenção naquele local terá de passar por uma reabilitação. Da parte da Câmara, não iremos pactuar com outra solução que não seja essa”, assinalou. Esclarecendo não ter tido “qualquer conversa” com o líder do Braga sobre um novo estádio, Ricardo Rio ficou ainda com a impressão de que o Braga estará “disponível para assumir com o custo da obra”, mas ressalvou que só fará sentido pensar nesse projeto se a Câmara for autorizada a vender a Pedreira. “Faremos nessa altura um trabalho de comercialização desse estádio”, juntou.
“Qualquer intervenção no 1.º de Maio terá de ser uma reabilitação. É um monumento nacional”
Ricardo Rio Presidente da Câmara Municipal de Braga