O Jogo

Uma pilha de nervos na estreia

Sauer esperou seis semanas para jogar, enganou a ansiedade e nunca mais largou o onze

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Reforço de inverno, Gustavo chegou com problemas físicos e teve de recuperar terreno. A ansiedade ia aumentando e atingiu o pico no primeiro jogo, mas valeu a pena esperar. Entre a chegada e a estreia foi preciso esperar mais de um mês, mas o primeiro jogo foi logo em casa com o Sporting. Sentiu-se nervoso? —Para dizer a verdade, estava muito ansioso. Queria muito estrear-me e jogar. Passei seis semanas à espera e já não aguentava mais [risos], mas respeitava a opção, porque cheguei muito mal fisicament­e. Tive uma lesão quando saí da Bulgária e, por isso, a adaptação foi um pouco mais demorada, tive de voltar à forma física que precisava. O que lhe dizia o treinador? —Sempre tentou motivar-me ao máximo, chamava-me e dizia que tinha de estar preparado para quando chegasse a hora, porque a oportunida­de surge de repente. E assim foi. Por tudo isso, sentia que tinha mesmo de deixar uma boa impressão? —Sim. Cheguei em baixo fisicament­e,mascommuit­avontade de mostrar o meu trabalho e sabia que a primeira imagem, como era um jogo com o Sporting, era a minha chance.

“Passei semanas à espera, não aguentava mais, mas respeitava, porque cheguei muito mal fisicament­e” Gustavo Sauer Avançado do Boavista

As coisas correram bem, foi um grande jogo, não fosse a maneira como terminou... Surgiu a lateral-esquerdo com o FC Porto. Já tinha feito a posição? —Não, foi a primeira vez. E pode evoluir nessa função? —A choque sim. Nãoéaminha­função caracterís­tica, mas se um dia o treinador precisar tenho de estar preparado. Todos os jogadores têm de ter duas ou três funções nas quais podem acrescenta­r. Está nas condições ideais para crescer ainda mais? — Posso estar bem, mas acredito que posso render mais. Cheguei sem fazer a pré-época e isso conta muito. Agora, vou poder melhorar e subir o rendimento.

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