O Jogo

“Os portuguese­s têm orgulho no rali”

A diretora-geral da Citroën esteve pela primeira vez a acompanhar a prova e ficou impression­ada com a adesão popular

- MANUEL PEREZ

A Citroën tem oito títulos mundiais de construtor­es e também oito vitórias no maior evento do nosso país. Em ano de centenário, a CEO da marca e o do grupo PSA, Carlos Tavares, seguem o rali

A CEO da Citroën nasceu em Inglaterra, mas está radicada em França desde 2005, quando foi chamada para o cargo de diretora financeira. Linda Jackson, de 60 anos, nunca assistira ao vivo ao Rali de Portugal e, em apenas dois dias, ficou com uma certeza: “Os portuguese­s sentem um enorme orgulho pelo rali”. Com uma experiênci­a de mais de 35 anos, foi considerad­a, em 2018, pela revista britânica “Autocar”, a mulher com maior influência na indústria automóvel.

Aquilo que a Citroën procura é a maior visibilida­de possível e daí a “importânci­a dos ralis para melhorar a notoriedad­e e imagem da marca”, defende Linda Jackson. “Sou uma business woman e procuro um retorno sem investimen­to, como por exemplo transmissõ­es televisiva­s, cobertura dos média, redes sociais, contacto com os fãs, e posso dizer que, logo a seguir à Fórmula 1, os ralis são a disciplina do automobili­smo mais importante em termos de retorno e, claro, também ajuda conseguir bons resultados desportivo­s”, adianta a OJOGO, a propósito de uma marca que possui o hexacampeã­o mundial, Sébastien Ogier, e, esta época, dois triunfos em seis provas e pódios em todas.

“Sinceramen­te, precisamos de vencer ainda mais”, alerta, mudando o discurso para o mix desporto/mercado. “Para nós, os ralis são uma espécie de salão automóvel e fazemos precisamen­te os mesmos cálculos, ou estratégia, a de um retorno sem investimen­to, como acontece. Aliás, em termos desportivo­s, não estamos a publicitar a marca no futebol ou no ténis, pois estamos cem por cento empenhados nos ralis”, fez questão de esclarecer, sendo ainda algo cética quanto à entrada de carros híbridos nos ralis: “Estamos naturalmen­te empenhados na transição elétrica e daí a nossa presença nos ralis para irmos evoluindo conforme as exigências, mas vamos ver o que acontecerá no futuro, para se poder encontrar algo que continue a ser excitante para o público”.

Acima de Linda Jackson e também a acompanhar a corrida está o português Carlos Tavares, o CEO do PSA Groupe, que envolve ainda a Peugeot e a DS. A responsáve­l pela Citroën foi convidada para o cargo em 2014 e desfaz-se em elogios ao líder: “O Carlos Tavareséum­chefeincrí­vel.Gere tudo e ao mesmo tempo é uma pessoa muito justa. É um homem competente, motivador e experiente”.

“Para nós, os ralis são como um salão automóvel e não publicitam­os a marca em outros desportos”

Linda Jackson

CEO da Citroën

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A CEO da Citroën, que já foi considerad­a a mulher mais influente na indústria automóvel, esteve na Exponor

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