O Jogo

FC PORTO NA FINAL DE FORMA NATURAL

Dragões bateram, em Sines, o representa­nte da II Divisão na final-four da Taça de Portugal e vão discutir o troféu com o Águas Santas

- RUI GUIMARÃES

“Sabíamos que somos uma equipa melhor do que o Póvoa... Estamos cansados, mas na final temos de defender melhor”

Magnus Andersson

Treinador do FC Porto “Chegar aqui já foi a nossa vitória. Este trajeto também foi do Luís Gonçalves, que faleceu esta temporada”

Luís Silva

Treinador do Póvoa

Foi apenas no início da segunda parte, quando fez um parcial de 5-1, que o FC Porto confirmou o amplo favoritism­o que lhe era atribuído para a meia-final da Taça de Portugal, na qual defrontou o Póvoa Andebol, da II Divisão. Não que a equipa sensação da finalfour tivesse colocado alguma vez em causa o poderio dos dragões, mas foi apenas a partir dali que a vitória se desenhou de vez. De resto, apesar de ter ido para o intervalo já com quatro golos de avanço, o FC Porto teve os poveiros por quatro vezes a apenas uma bola de distância (2-1, 7-6, 9-8 e 10-9). Os jogadores de Luís Silvamostr­avam-seaplicado­s, descomplex­ados e com uma atitude louvável de entrega e empenho. Isso deu alguma emoção à primeira parte, situação para a qual contribuiu também uma atitude antagónica, ou seja, algo relaxada e pouco focada dos azuis e brancos. Talvez o acumular de muitos jogos – o FC Porto vai fazer hoje o 57.º e último da temporada – e a clara noção da diferença de valor entre as equipas tenha contribuíd­o para essa postura. Sucediam-se más receções, remates mal direcionad­os, falhas técnicas, tudo situações muito pouco vistas a este FC Porto, que a três jornadas do fim venceu o campeonato, se tornou na primeira equipa portuguesa a jogar a final-four da Taça EHF e vai agora à procura de uma inédita dobradinha.

Rui Silva, que se juntou a Hugo Laurentino e Leandro Semedo na bancada, e ainda Djibril Mbengue, não foram utilizados por Magnus Andersson, cuja equipa, hoje, terá de estar bem mais focada para não ser surpreendi­da na final pelo Águas Santas, que terminou o campeonato em quarto lugar, esteve muito próximo de derrotar o Benfica e bateu mesmo o Sporting.

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Ricardo Ávila tenta travar a entrada de Angel Hernandez

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