Esta é a história das verdadeiras medalhas
RECONHECIMENTO Ex-jogadores não se cansam de elogiar o treinador e o muito que aprenderam. Ele agradece, naturalmente...
Falcao, Lucho González e Lisandro são apenas três futebolistas que dizem muito ao universo portista e ao futebol português de uma forma geral. O professor sabe que eles não o esquecem
Em recentes entrevistas, muitos são os jogadores que elevam as qualidades de Jesualdo Ferreira. Para ele, esse reconhecimento são as verdadeiras medalhas da sua carreira “Felizmente, há muitos jogadores, do passado e de tempos mais recentes, como ainda agora no Catar, que fazem o favor de ter esse reconhecimento e de o dizerem publicamente. Essas, sim, são as minhas verdadeiras medalhas. Outras ganhei e nem as recebi. Olhe, fui três vezes campeão nacional no FC Porto e nunca recebi a Taça, porque não a entregavam como agora. De uma forma sincera vêm fazer esse agradecimento. E isto faz bem ao ego, é um sinal de que fiz algumas coias bem.” Radamel Falcao é um desses jogadores que já o afirmaram por diversas vezes. Foi com Jesualdo Ferreira que mais aprendeu. O professor relembra o pupilo e devolve os elogios…
“O Falcao foi talvez o jogador mais educado e mais atento que eu já tive. Não foi nenhum espanto que tivesse chegado onde chegou. Bastou apurar-lhe alguns detalhes. Quando chegou ao FC Porto, como ponta de lança tinha imensas dificuldades; quando saiu do FC Porto era dos melhores do mundo. Claro que este facto me deixa orgulhoso, porque também contribuí para isso, mas ele é um talento e uma grande pessoa. Mas há outros, como o Lisandro que quando saiu do FC Porto sabia jogar nas três posições da linha avançada, o que não acontecia quando lá chegou, e todos sabemos com que qualidade”…
Outro nome que não sai da cabeça do professor quando se fala do seu passado é Lucho González.
“O Lucho era um jogador diferente. Era alguém com quem eu trocava opiniões sobre treino e sobre os jogos. Uma das funções do treinador é ensinar; se não o fizer, dificilmente tem sucesso. E não estou a falar de formação. O Lucho não era nenhum menino, o Raul Meireles não era nenhum menino, o Bruno Alves idem, só para falar em alguns nomes mais sonantes que trabalharam comigo. Quando se ensina tem sempre porquês e é preciso dar respostas. E eles têm de entender as propostas que se fazem. Dizia ao Lucho como ele devia jogar e ele percebia. O Lucho era inteligente, percebia o jogo, sabia o que era importante para a equipa. Era um descanso.” E que dizer de Fucile? [risos] “O Fucile foi a minha primeira contratação, meta isto entre aspas. Foi o primeiro nome que indiquei quando cheguei ao FC Porto, era um jovem lateral-direito, com lugar na seleção do Uruguai, que por necessidade acabou por se estrear... como lateralesquerdo num jogo da Champions, com o Hamburgo. Tinha lá o seu feitio, mas era um futebolista de uma grande generosidade, com uma raça como gostamos de ver num jogador de futebol.”
Uma outra medalha que o professor guarda com orgulho é que muitos dos seus jogadores são também seus amigos.
“O Lisandro quando deixou o FC Porto, sabia jogar nas três posições da linha avançada. E sabemos com que qualidade” “Falcao foi talvez o jogador mais educado e mais atento que eu já tive”