Isto é para ganhar aqui e em Roland Garros...
AMBIÇÃO A mítica neutralidade suíça, típica de quem não quer chatices com ninguém, ficou em casa. Petkovic, Xhaka e Sommer foram claros a assumir o plano para “entrar na história”
Do nada, alguém se lembrou de perguntar: olhem lá, é mais provável ganhar esta Liga das Nações ou Roland Garros? “Queremos as duas”, avisou Sommer. “Quem vencer entra na história”
Umsuíçodizmataeosoutros dois logo acrescentam esfola para não haver dúvidas: Petkovic, Sommer e Xhaka, a ordem é indiferente, estiveram ontem afinados na ambição fora de campo, em jeito de aviso para a sintonia que esperam repetir no relvado para arrumar Portugal da final da Liga das Nações. “Não viemos só para participar, estamos aqui para ganhar”, vincou o selecionador, em alemão, o que soa sempre a ameaça, mas igualmente claro nas traduções feitas nas outras três línguas oficiais da prova: inglês, francês e português. “Portugal não tem marcado muitos golos e isso é bomparanós”,prosseguiuoselecionador, identificado com as múltiplas fórmulas de Portugal. “Já os defrontámos com esemCristianoRonaldo”,lembra. “Sim, sabemos que há Félix e o [Bernardo] Silva também, mas Portugal vale pelo seu coletivo. O selecionador português tem feito um trabalho fenomenal.”
Xhaka e Sommer já tinham saído quando Petkovic disse isso, mas, antes, também eles se curvaram a Ronaldo e companhia, sem que essa vénia anulasse a vontade de “fazer história”. “Ser a primeira seleção a ganhar esta competição será um feito histórico”, sublinhou o médio do Arsenal. Ao guarda-redesdoDortmundcalhouaperguntamaisinesperada:émaisprovávelossuíçosganharem aqui ou em Roland Garros? “Queremos as duas! Com Roland Garros não estou muitopreocupado”,sorriu,depositando confiança na habilidade de Roger Federer. “Conhecemos bem Portugal e veremos quem é mais forte”, atirou Xhaka. Lá está, dito assim, emalemão,soasempreaameaça séria...
“Portugal não tem marcado muitos golos e isso é bom para nós”
Vladimir Petkovic
Selecionador da Suíça