“OLIVEIRENSE É GRANDE, MAS NÃO É VISTA ASSIM”
O treinador Renato Garrido quer mudar a forma como se olha para o clube que ganhou a Taça de Portugal e que também se destaca no basquetebol e futebol
Depois de uma época com polémica, desaires e lesões, a Oliveirense fechou 2018/19 com chave de ouro, conquistando a Taça após uma final-four em que derrotou Riba d’Ave e Benfica
Renato Garrido passou em revista a época que culminou com a sua primeira Taça de Portugal conquistada como treinador principal. Terminou a Taça com a sensação de desforra? —Não. Sabíamos que no campeonato só podia ganhar uma equipa. Lutámos muito até ao fim para sermos campeões, mas não foi possível. Esta Taça foi um prémio pelo trabalho e pela dedicação e foi para o público, Direção e patrocinadores. Foi especial porque não tínhamos ganho ao Benfica nesta época e foi especial por tudo, pelas lesões e pelo facto de os jogadores tudo terem feito para estarem na final-four. O que significou aquele abraço a Edo Bosch? —Amizade e cumplicidade, dentro e fora da pista. Vemos o jogo de forma parecida e sabemos as dificuldades por que passamos. Demos sempre tudo nos clubes que representámos e quando se ganha é sempre uma alegria imensa. Desta vez, o que fez a diferença para conseguir vencer um adversário com quem perdeu três vezes e empatou uma? —No início da época, com uma equipa ainda em reconstrução,
Renato Garrido nem sempre é fácil para os jogadores estarem adaptados, enquanto outras equipas já tinham um grupo a trabalhar há vários anos. No início cometemos erros que custaram caro, mas agora somos uma equipa mais sólida, há um equilíbrio e a qualidade vem ao de cima. Vamos continuar a lutar e seremos candidatos em todas as provas. Afirmou que quer que a Oliveirense seja vista como um grande. Sente alguma mágoa? —A Oliveirense é um grande, masnãoévistacomoumgrande. Esquecem-se que a Oliveirense tem uma grande equipa de hóquei, basquetebol e tem uma equipa de futebol profissional na II Liga que tem o objetivo de chegar à I Liga. Como resume o percurso no campeonato? —No campeonato todos os jogos, tanto fora como em casa, foram muito difíceis. Podia haver quatro equipas num patamar mais acima, mas todas as outras tinham muita qualidade, prova disso foi a época que fizeram equipas como o Riba d’Ave, que também esteve na final-four da Taça e na qual o campeão europeu perdeu com o Benfica, que nós vencemos na final. Para o ano, o campeonato vai ser tão ou mais difícil. E na Liga Europeia? Na Liga Europeia ficou um sabor amargo. Aí fizemos jogos menos conseguidos, apesar de termos sido eliminados por este Benfica, que é uma grande equipa.