Inglaterra contorna uma mãe gigante
Argentina perde por 1-0 e tem apuramento em risco, mas sem a guardiã Vanina Correa, que defendeu um penálti, seria humilhada
Jogou os Mundiais de 2003 e 2007, trocou os relvados pela maternidade e aos 36 anos está a provar ser indispensável na Alviceleste que vai jogar o apuramento contra a Escócia, derrotada (2-1) pelo Japão
Romeo e Luna, de cinco anos, terão sido espectadores atentos do Inglaterra-Argentina e, se o foram, vibraram com um voo fantástico da mãe Vanina Correa. Aos 28’, a guarda-redes da Argentina lançouse corajosamente para travar uma grande penalidade batida por Nikita Parris, incapaz de bater a guarda-redes de 36 anos. Contudo, as britânicas venceram por 1-0 esta partida do Grupo D, garantindo um lugar nos oitavos de final.
O jogo foi de domínio total da Inglaterra, terceira classificada no último Mundial, e só Correa impediu que o massacre tivesse reflexo no marcador. Foram oito defesas em 20 remates. Mas, aos 61’, Jodie Taylor empurrou ao segundo poste e, quando o esférico se anichou na rede, Vanina, desalentada, encolheu os ombros. Nada que a impedisse de receber os maiores elogios na Imprensa, depois de já ter sido protagonista no empate a zeros ante o Japão. Não é para menos: esteve no Mundial 2003 e 2007 e abandonou os relvados para ser mãe. Passou por um processo médico de fertilização assistida e os 30 quilos que ganhou na gravidez pareciam colocar um ponto nal na carreira. Virou funcionária administrativa na Villa Gobernador Gálvez, em Santa Fé, mas voltou aos relvados. Já tinha estado na Copa América e vive agora uma nova vida.
Para seguir em frente, a equipa das Pampas está obrigada a vencer a Escócia no último jogo. Ontem, as escocesas perderam por 2-1 ante o Japão. As nipónicas, vice-campeãs mundiais, têm quatro pontos e estão a dois das inglesas.