O Jogo

“Agora quero a Seleção”

João Félix “risca” At. Madrid: pretende lutar por títulos

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Recordando a ansiedade da estreia e os conselhos de Bruno Lage e colegas, o defesa, que acabou a época a titular, assume que a sua vida mudou com o novo estatuto, que lhe dará direito a novo contrato

Promovido ao plantel principal em janeiro, Ferro viu a sua vida mudar a partir do dia 6 de fevereiro, contra o Sporting. Substituiu o lesionado Jardel e desde então afirmou-se de águia ao peito. Tudo com a ajuda dos companheir­os. Fazer a estreia pelo Benfica contra o Sporting foi inesperado. O que pensou na altura em que entrou? —Foi com a lesão do Jardel. Passa muita coisa pela cabeça e, ao mesmo tempo, parece que não passa nada... As pernas tremeram? —Nos primeiros dois minutos, sim, mas depois acabei por entrar no jogo e as coisas foram acontecend­o. Que lhe disseram o treinador e Jardel? —O treinador disse-me para estar tranquilo e fazer o que fazia na equipa B. O Jardel, quando saiu, desejou-me boa sorte e para fazer um bom jogo, com tranquilid­ade. O que foi aprendendo com a experiênci­a de Jardel e até de Luisão, já de fora? —Ajudaram-me muito, passando-me o à-vontade que têm comojogo. Nós, osmaisjove­ns, ainda parece que estamos a ver o que acontece. Passam-nos a tranquilid­ade e que, se estivermos

“O jogo que me vai ficar na memória foi contra o Dínamo Zagreb. Faço o segundo golo já no prolongame­nto e foi uma explosão dos jogadores e de todo o estádio”

Ferro Jogador do Benfica

focados, as coisas acabam por sair bem. Depois de ser campeão na época de estreia na equipa principal, qual o próximo objetivo que tem traçado? —Quero continuar a ajudar o Benfica a conquistar títulos. As suas exibições despertara­m também a cobiça de alguns clubes. Imagina-se a sair e a jogar num dos colossos da Europa? —Neste momento, não; acho que tenho de me consolidar aqui e só penso no Benfica. Qual foi o jogo em que se sentiu no seu melhor esta época? —O jogo que me vai ficar na memória foi contra o Dínamo Zagreb, onde marquei o segundo golo já no prolongame­nto. Foi uma explosão dos jogadores e de todo o estádio, vou levar essa imagem comigo para sempre. Mas também elegeria o último jogo [Santa Clara], onde após o apito final pudemos festejar e fazer tudo – foi o culminar de todo o trabalho de uma época. Ser jogador da equipa principal mudou-lhe muita coisa a nível pessoal? —Altera algumas coisas [risos]... Até a coisa mais simples, como é ir às compras, não posso. Ou melhor, posso, mas é chato. É muito bom ser reconhecid­o, ter os adeptos perto, mas antes precisava de meia hora para ir às compras e agora preciso de hora e meia. Mas também é reconforta­nte os adeptosgos­taremdemim, quererem tirar uma foto, falarem comigo um bocado.

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