SARAVIA COM ESTREIA PARA ESQUECER NA COPA AMÉRICA
ANÁLISE O único reforço oficializado pelo FC Porto não foi poupado pela crítica na derrota da Argentina com a Colômbia. Os dois golos nasceram pelo seu lado. Ganhou apenas quatro duelos
Lateral pode ter perdido a titularidade na Argentina para o jogo com o Paraguai. Denotou fragilidades defensivas e raramente deu profundidade. Contagiado pelo mau jogo coletivo da equipa de Messi
Renzo Saravia, o único reforço confirmado pelo FC Porto até à data, cumpriu ontem 26 anos, mas não teve grandes motivos para festejar. Se a época lhe correu de feição no Racing, valendo-lhe a transferência para os dragões e a chamada à seleção, a estreia na Copa América, na madrugada de domingo, foi um pesadelo. A Argentina perdeu por 2-0 com a Colômbia de Carlos Queiroz e os dois golos nasceram pelo seu lado. No primeiro, Roger Martínez fez uma finta para a zona interior (antes de rematar) e deixou-o pregado ao chão; no segundo, marcoucomosolhosomesmo colombiano, deixando-o assistir Zapata.
Além destes dois momentos menos conseguidos, os números da estreia na Copa América, analisados por O JOGO, não são mais animadores. Saravia acertou 83 por cento dos passes, é certo, mas só conseguiu dois cruzamentos. O pior foi a defender: ganhou apenas quatro dos 15 duelos que travou e perdeu seis vezes a bola.
Uma exibição cinzenta que lhe poderá custar o lugar no onze no próximo jogo, diante do Paraguai (quinta-feira, 1h30). A Imprensa local não poupou nas críticas ao reforço portista. O diário “Olé” atribui-lhe a nota 4, a mais baixa entre os 14 utilizados, apenas igualado por Di María. “Os dois golos chegaram pelo seu sector. Roger Martínez tirouo da marcação facilmente nos dois lances. Além disso, esteve impreciso no passe e, na sequência de um erro individual, ainda acabou admoestado com um amarelo. Muito fraco”, escreveu o jornal desportivo. O “TYC Sports” deulhe a mesma nota, mas um comentário mais curto: “Não foi o do Racing. Passou pouco e passaram bastante por ele.” O “La Nación” foi ainda mais penalizador: nota 3. “Sofreu desde a primeira jogada da partida. Hesitante, foi superado a cada ataque da Colômbia, que quando percebeu a sua insegurança, tratou de apostar por esse lado. Roger Martínez tirou-o da jogada no primeiro golo e Uribe superou-o no segundo. Dececionante.”