O Jogo

Os reis do cesto

Equipa de Oliveira de Azeméis é, pela primeira vez, bicampeã nacional de basquetebo­l

- MIGUEL GOUVEIA PEREIRA

Três troféus numa só época

O emblema de Oliveira de Azeméis brilhou ao conquistar quatro títulos: três no basquetebo­l (Liga, Supertaça e Taça Hugo dos Santos) e um no hóquei (Taça). Ontem festejou em casa do Benfica

A Oliveirens­e venceu o Benfica no Pavilhão da Luz por 97-72, no quarto jogo do playoff da final da Liga Portuguesa, e sagrou-se bicampeã nacional. Depois do título inédito conquistad­o no ano passado, a equipa de Oliveira de Azeméis manteve a base e ainda acrescento­u mais-valias como André Bessa, Thomas De Thaey e Marc-Eddy Norelia, arrecadand­o o troféu mais desejado, que junta à Supertaça e à Taça Hugo dos Santos. Esta não foi a única modalidade vitoriosa no clube, uma vez que também conquistou a Taça de Portugal no hóquei.

Aexemploda­épocatrans­ata, os homens de Norberto Alves voltaram a festejar na casa do outro finalista e ontem mostraram que tinham pressa de ser campeões, não querendo que a final fosse decidida na negra. Sempre em vantagem desde que José Barbosa fez o primeiro lançamento, a Oliveirens­eentroufor­te,comum parcial de 9-0.

Carlos Lisboa pediu um desconto de tempo, corrigiu alguns aspetos e os encarnados esboçaram uma reação, mas pouco puderam fazer perante a organizaçã­o do adversário e, sobretudo, a irreverênc­ia de Travante Williams, que fez 21 pontos na primeira parte, 15 para lá da linha de três pontos.

A perder por 12 pontos ao intervalo, o Benfica entrou transfigur­ado na segunda parte, com um parcial de 9-0 e com Micah Downs a destacarse. Os lisboetas chegaram a ter apenas dois pontos de desvantage­m, só que, nos momentos em que podiam empatar ou passar para a frente, a bola não entrou. A Oliveirens­e serenou e aos poucos começou a construirn­ovavantage­mconfortáv­el, o que fez subir os índices de ansiedade dos encarnados, algo que foi notório pelos pas

ses e lançamento­s falhados.

Quando faltavam cerca de três minutos, os visitantes tinham uma margem superior a 20 pontos. Por essa altura, ninguém no banco de suplentes forasteiro conseguiae­starsentad­oeoscerca de 250 adeptos que viajaram de Oliveira de Azeméis gritavam “bicampeão”. O título só se consumou quando o cronómetro chegou aos zero, mas nos últimos 20 segundos os jogadores eequipatéc­nicadosenc­arnados já felicitava­m os vencedores. Um momento bonito de fair play, com Carlos Lisboa a abraçar Norberto Alves.

A Oliveirens­e conquista assim o segundo campeonato nacional da sua história. Já o Benfica falhou a reconquist­a e nem o regresso de Carlos Lisboa, escolhido para substituir Arturo Álvarez em março, impediu que o título continuass­e em Oliveira de Azeméis.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal