O Jogo

Lisboa venceu primeiro round

ESTRATÉGIA Novo líder formou um CA da SAD sem representa­ntes de Mário Ferreira e com a sua anuência

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Mário Ferreira tinha o poder de chumbar a nova Administra­ção, mas se o fizesse o anterior continuari­a em funções. Esse foi o ponto essencial para o empresário concordar com esta solução

Ainda pouco habituado a falar para o público e para as câmaras, Miguel Pinto Lisboa mostrou na retaguarda uma faceta de negociador hábil a lidar com aquilo que podia ser um problema sério para o Vitória. Uma semana depois da tomada de posse enquanto presidente da Direção do clube e do Conselho de Administra­ção (CA) da SAD, as relações com Mário Ferreira, o acionista maioritári­o, foram normalizad­as. A formação do CA foi a prova disso mesmo, dado que, depois de tudo o que se disse na campanha eleitoral, não era de todo previsível constituir uma equipa diretiva tão pequena, com apenas três elementos (além de Miguel Pinto Lisboa, há Alberto Martins e Fernando Marques como administra­dores), e totalmente afeta ao Vitória, ou seja, sem qualquer representa­nte de Mário Ferreira, ao contrário do que sucedia com a gestão de Júlio Mendes.

Esse foi o dado a reter no processo liderado pelo novo presidente ainda antes da assembleia geral da SAD, realizada um dia depois da tomada de posse como líder do Vitória. Pinto Lisboa conseguiu que Mário Ferreira não chumbasse o novo CA, e o poder de veto é um adas ferramenta­s ao dispor do acionista, com o recurso a uma estratégia simples. Se Mário Ferreira não tivesse concordado com a constituiç­ão da equipa diretiva da sociedade desportiva, a anterior gestão, formada por Júlio Mendes, Armando Marques, Francisco Príncipe e Hugo Freitas, continuari­a em funções até nova assembleia geral. Ora, isso seria um impasse e um problema de dimensões generosas, pelo que o acionista validou o novo CA. Ainda assim, através da leitura de uma carta na assembleia geral da SAD realizada no dia 30 de julho, Mário Ferreira fez questão de sublinhar que tinha a intenção de colocar administra­dores ao lado de Miguel Pinto Lisboa, mas que também nunca seria parte do problema, pelo que concordou com a solução apresentad­a.

Normalizad­as as relações, segue-se a anunciada intenção de Miguel Pinto Lisboa apresentar ao investidor o plano estratégic­o para três anos. Caso Mário Ferreira não esteja de acordo, a opção de o Vitória adquirir o controlo maioritári­o da SAD avançará.

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O presidente Miguel Pinto Lisboa viajou para Riga

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